Namorado de Priscila Brenda é condenado e recorre em liberdade; amigo é absolvido

 Namorado de Priscila Brenda é condenado a 18 anos de prisão, mas recorre e aguarda novo julgamento em liberdade; amigo é absolvido das acusações

Priscila Brenda sumiu em 2012 após ser vista entrando no carro do namorado (Foto: Arquivo Pessoal)

O julgamento dos acusados de matar Priscila Brenda Martins da Silva, que desapareceu há dez anos e quatro meses, finalmente aconteceu. O namorado da vítima na época, P.V.A, e o amigo do namorado, C.M.J, foram a júri popular no Tribunal do Júri em Catalão nesta sexta-feira, 28.

P.V.A foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver e sentenciado a 18 anos de prisão em regime fechado. No entanto, a defesa do réu recorreu da decisão e, por isso, ele aguardará o novo julgamento em liberdade. Já o outro acusado, C.M.J, foi absolvido das acusações e está livre do processo.

Durante o julgamento, a defesa de P.V.A trabalhou pela tese da inocência do réu, apresentando diversas contradições nos depoimentos e inconsistências na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás. O advogado, Dr. Leandro de Paula, afirmou que fez um bom trabalho, pois seu cliente não será preso e poderá recorrer em liberdade. Ele afirma que a pressão da comoção social influenciou o resultado e que uma jurada publicou uma manifestação sobre o tribunal do júri no Instagram, o que poderia levar à anulação do julgamento. A defesa pretende buscar a anulação do júri e a transferência do processo para outra comarca para garantir um julgamento justo e a absolvição do réu.

O promotor Dr. Luiz Antônio Ribeiro Júnior, do Ministério Público de Goiás, confirmou que os acusados foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado pelo motivo fútil e ocultação de cadáver. Embora o corpo nunca tenha sido encontrado, a polícia acreditava que a adolescente havia sido morta. Em entrevista, o promotor afirmou que respeita a decisão soberana do júri e que o Ministério Público cumpriu seu trabalho com seriedade e imparcialidade. P.V.A foi condenado a 18 anos de reclusão e a defesa do MP-GO queria que ele fosse preso imediatamente, mas como a defesa recorreu, o réu aguardará o julgamento em liberdade.

Na foto os pais e a prima de Priscila (Luciene, Luciano e Adriana) – (Foto: Zap Catalão)

A mãe de Priscila, Luciene Pereira da Silva, disse em entrevista que “é uma dor que a gente carrega todos os dias, desde o dia em que a Priscila desapareceu. Hoje me sinto mais aliviada. O pai de Priscila, Luciano Martins da Silva, disse em entrevista que “embora a sentença não tenha sido tão severa quanto esperávamos, a condenação dos responsáveis pelo assassinato da minha filha nos trouxe um pouco de alívio e a sensação de que a justiça está sendo feita.” A prima de Priscila, Adriana Rosa De Jesus Silva, disse: “Conseguimos um alívio no coração pelo réu ser condenado, mas o aperto continua por não sabermos o que realmente aconteceu com uma menina tão nova e inocente”.

A família de Priscila continua lutando por justiça e espera que a decisão final seja tomada em breve.

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