Empresários de Catalão denunciam falhas na distribuição de energia da Enel

Comerciantes de Catalão tem avaliado que a Enel apresenta deficiências e criticam o mau atendimento da empresa e reclamam de grandes prejuízos para comércio da cidade, no sudeste, uma das mais produtivas e pujantes cidades do estado. A reclamação, em tom de denúncia, é de Geraldo Vieira Rocha Júnior, Diretor de Relações Fiscais e Tributárias do Sindicato do Comércio Varejista de Catalão (Sindilojas Catalão).

Segundo ele, a empresa, que atua há dois anos em Goiás, não só não resolve as demandas de distribuição de energia, como também dificulta que os consumidores façam reclamações do serviço.

Essa semana, a Enel apresentou um plano de emergência com antecipação de investimentos, inclusive para a região de Catalão, que antecipa obras de extensão de linhas de transmissão e 13 novas subestações. Após reunião com diretores da Enel, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que espera “resultados imediatos” do plano da empresa.

“Nosso gargalo, hoje, é a energia. Quem precisa da energia para manter o seu negócio está sofrendo muito. Várias ações estão sendo empatadas por causa dessa administração da Enel”, afirma.

“A Enel fez a gente sentir saudade da Celg. Porque a Celg tinha os seus defeitos, mas você podia falar com pessoas. Hoje, os canais de comunicação são horríveis: você fala só com máquinas, ou por email, por canais digitais. Não tem ninguém responsável pela empresa na nossa região”, relata Geraldo, que é empresário do setor imobiliário e pecuarista.

A empresa não estaria, por exemplo, atendendo a demanda de ligações solicitadas pelas empresas e indústrias, em processos que requeiram um pouco mais de energia.

“Aí restam duas opções: ou você faz o investimento, tira do bolso, e depois vê como vai receber isso depois, ou aguarda muito tempo para ver o serviço executado”, lamenta o diretor. “O investimento é muito pesado e complicado”, define.

Geraldo relata que há também uma dificuldade muito grande de liberação de carga para pivôs de irrigação e outros equipamentos. “Alguns produtores estão querendo fazer investimentos pesados em silos, secagem de feijão, de soja, e tem dificuldade porque isso também precisa de liberação de carga”, exemplifica.

“Produtores estão abandonando a produção de leite  porque não têm como estocar o produto”, também aponta, citando que o problema é mais grave para os pequenos produtores, que tem amargado constantes perdas de produto.

Geraldo conta que, em sua propriedade rural, chegou a ficar oito dias sem energia. “É um desrespeito da empresa, um descaso”, disse. “O retorno para o cidadão não chega, mas os preços das tarifas estão sendo reajustados”, aponta.

Liderança

Para  Geraldo Vieira, o presidente do sistema Federação do Comércio/Sesc/Senac-GO, Marcelo Baiocchi, tem acertado ao elevar o tom de críticas contra a má prestação de serviços pela distribuidora de energia. “Estamos satisfeitos com a postura dele. A gente passou a ter uma voz”, assinalou.

Baiochi, disse, em entrevista ao Diário de Goiás, que a Enel fez os goianos terem saudade da CELG (Não privatizada) e a frase ganhou o ambiente político. Foi citada, inclusive, pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado em entrevista coletiva sobre os problemas da energia em Goiás.

Fonte: Diário de Goiás 

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