Déficit de profissionais na Universidade Federal de Catalão afeta abertura de novas turmas de Medicina

O problema tem afetado a oferta de vagas para o curso de Medicina da Universidade Federal de Catalão (UFCat)

Alunos da Universidade Federal de Catalão (UFCAT), em Goiás, protestam contra classes regulares suspensas no curso de Medicina (Foto: Paulo Augusto/Estadão)

A Universidade Federal de Catalão (UFCat) está correndo o risco de não poder receber novas turmas para o curso de Medicina neste ano de 2023. De acordo com informações, o Governo Federal não teria cumprido a liberação das vagas de professores pactuadas para o funcionamento do curso. Criada em 2018, a instituição já usou voluntários para dar aula, já que dos 60 cargos prometidos, só 35 estão autorizados.

Atualmente, o curso de Medicina da UFCat conta com cinco turmas, já indo para seis turmas e contando apenas com vinte professores, o que faz com todos os professores fiquem sem mais carga horária para dar mais aulas e todos eles trabalhando no limite. Além disso, há um deficit de aparelhamento e equipamentos para montar os laboratórios.

Em contato, a instituição afirmou que “a decisão do curso é de não ter entrada pelo SISU no primeiro semestre de 2023 e se trata de uma medida para adequar as atuais turmas ao quantitativo de professores. Mas se o MEC liberar as vagas até o meio do ano, poderá haver entrada no segundo semestre ou mesmo um vestibular específico.”

Até em 2022, a universidade tinha uma demanda de 25 professores pactuados para Medicina e ainda um déficit de mais 30 vagas referente aos docentes vinculados ao quadro da prefeitura de Catalão, cujos profissionais se aposentaram e não houve reposição até então. “O curso deveria ter 60 professores para 150 alunos, já está com 200 alunos e apenas 30 professores”, afirmou o chefe de gabinete da UFCat, Roberto Tavares.

Bloco de Medicina da UFCat – Setor Barka, em Catalão (Foto: Yuri Rodovalho – Reprodução)

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