Cliente do Bradesco diz que atendimento da agência local é burocrática e demorada

Agência Bradesco em Catalão. (Foto: Google Maps)

Segundo publicação da revista Exame de setembro de 2016, em 2014, dos 43 maiores bancos do mundo, 3 são do Brasil (Itaú, Bradesco e Banco do Brasil). De acordo com o ranking da Economática, o Itaú Unibanco liderou o ranking dos maiores lucros dos bancos com capital aberto. Nos seis primeiros meses daquele ano, os ganhos da instituição somaram 9,3 bilhões de reais. O Bradesco ficou com o segundo lugar e lucro líquido de 7,2 bilhões de reais.

Mesmo diante de crise, os lucro dos bancos não para de crescer. A busca por capital de giro pelas empresas seria a principal explicação para esse desempenho extraordinário, mas a informatização e a consequente diminuição do quadro de funcionários também explica parte desses ganhos.

Apesar de pertencer a um dos seguimentos que mais fatura no Brasil, os bancos prestam serviço de baixíssima qualidade aos correntistas ou a quem utiliza os serviços deles. De acordo com a Fundação Procon-SP, o único prestador de serviço a superar os empresas de telefonia móvel no país na lista de reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor são os bancos.

Prova inconteste desse mau atendimento aconteceu com o jornalista Cleber Rabelo na agência Bradesco/Catalão. Ele foi pagar, no “cash”, o cartão de crédito das Casas Bahia, e lá, um funcionário informou que, pelo fato de o valor ser superior à R$ 1 mil ele poderia ser pago somente no Bradesco, o banco conveniado da loja.

O cliente ficou tranquilo por dois motivos: primeiro porque o banco fica exatamente em frente, portanto, bem próximo, e, segundo, porque ele tinha o aplicativo da loja no celular exatamente para facilitar a operação financeira.

Até à parcela do mês passado, um funcionário do Bradesco dava a senha, fazia a leitura do aplicativo e imprimia o boleto para que o pagamento fosse efetuado no caixa. Agora, com a eliminação de mais essa função dentro do banco, o próprio cliente tira a senha num painel eletrônico.

Nenhuma vantagem para essa automação, muito pelo contrário. Ele teve que permanecer à espera da impressão do boleto na fila por mais de uma hora onde três funcionários fazem diversos tipos de atendimento – inclusive, e principalmente, abertura de contas – para depois, de posse de uma segunda senha, se encaminhar à outra e principal fila dos caixas para efetuar o pagamento.

Para não ter que esperar os infindáveis atendimentos, o cliente sugeriu aos funcionários que eles escalassem um deles exclusivamente para essa função. Ele também disse o mesmo para o gerente da agência, que afirmou que ele deveria ter imprimido o documento antes de chegar à agência. A tratativa foi, no mínimo, estranha, afinal, no momento em que o Bradesco firmou convênio com as Casas Bahia, o banco certamente se prontificou não apenas a receber a conta do cartão, mas também prestar bons serviços.

O cliente informa que disse ao gerente também que, ao determinar que os usuários fiquem em duas filas para pagar uma única fatura, o Bradesco estava prestando um mau serviço e sendo mais burocrático que os bancos oficiais, como a Caixa e o Banco do Brasil.

Conforme comprovantes das senhas que o cliente tem em mãos, ele permaneceu na agência das 13h:19m às 14h:27m. Com pouquíssimos assentos, o banco fica lotado, principalmente com gente em pé, das 10h até às 15 horas.

Seguindo súmula do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o Procon local determinou que um banco terá de pagar indenização de R$ 5 mil caso o cliente tenha que esperar na fila de atendimento por quase duas horas. O tempo limite de espera, estabelecido por lei municipal é de 20 minutos em dias normais e 30 minutos em vésperas ou após feriados, dias de pagamentos de funcionários públicos ou de recebimento de impostos. A Lei existe, mas sabemos que, infelizmente, ela não tem sido aplicada

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