O crime até hoje está insolúvel; o crime já foi tema de livro e música

Um dos episódios mais marcantes do cenário político Catalano completa 25 anos nesta quarta-feira (02). Em 1998, o prefeito Eurípides Pereira Ferreira (PTB), o Oripão de Três Ranchos, que na época tinha 54 anos, sofreu um atentado quando voltava da Festa Agropecuária. O ex-prefeito foi encontrado pelo caseiro na garagem de sua residência no Bairro Margon, em Catalão, cravejado com cerca de 10 tiros no banco do passageiro de um veículo GM/Ômega, que resultou na sua morte.

Se passado 25 anos do assassinato, ainda segue um mistério. O crime até hoje está insolúvel embora na época, o secretário de Segurança Pública, Demóstenes Torres, tenha apresentado em Catalão duas pessoas como os prováveis assassinos. Posteriormente, eles foram soltos, por uma determinação de um juiz, e assassinados em Mato Grosso e na Bahia. São em média 2,7 mil páginas, 15 volumes e dois apensos que compõem os autos. Participaram da investigação, três delegados da Delegacia Especial de Investigação Criminal (DEIC) de Goiânia, com visitas a mais de trinta cidades.

Pessoa muito carismática, popular e muito humano, Oripão conseguiu se eleger deputado estadual tendo como base sua pequena Três Ranchos e depois prefeito de Catalão, maior cidade da região sudeste, em 1996 de forma surpreendente, derrotando por pequena margem Haley Margon (PMDB) que já havia sido prefeito do município, tendo grande aprovação pelos eleitores. Quem assumiu, após a morte de “Oripão”, foi Maria Ângela Mesquita, vice-prefeita.

O historiador e professor universitário, Enival Mamede Leão, em 2019, lançou o livro “Quem Matou “Oripão? Diamantes, Política, Festas e… Morte!” (Ed. UEG, 2019), abordando em 250 páginas o assassinato de Eurípedes. O assassinato já foi cantado até em rock roll pela Banda Sinagoga, que perguntavam: “quem matou Oripão?”, o pequeno público ia aos delírios.