Em execução de TAC, promotor cobra estudos para solucionar problemas de abastecimento em Catalão

Ações para solucionar problema do abastecimento são realizadas desde 2001

Ações para solucionar problema do abastecimento são realizadas desde 2001
Ações para solucionar problema do abastecimento são realizadas desde 2001

O promotor de Justiça Roni Alvacir Vargas ingressou com ação de execução de termo de ajuste de conduta (TAC) firmado em outubro do ano passado com o município de Catalão, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmac) e a Superintendência de Água e Esgoto de Catalão (SAE).

O objetivo do acordo era buscar fontes alternativas para garantir o abastecimento do município diante da insuficiência da sub-bacia do Ribeirão Samambaia/Pari, além de implantar medidas para reduzir os impactos socioambientais à população ribeirinha.

Desde 2001, o MP tem buscado discutir, junto às autoridades, as questões socioambientais da sub-bacia do Ribeirão Samambaia/Pari, que é responsável pelo abastecimento público de água de Catalão. Em 2014, após grave crise hídrica, foi instaurado inquérito civil para apurar os problemas relacionados ao ribeirão, que incluem a baixa vazão que impede o uso múltiplo da água.

Em outubro de 2015, visando encontrar solução definitiva para o problema do abastecimento, foi firmado TAC com o município, a SAE e a Semmac. Dentre as obrigações firmadas, estavam a apresentação de estudos técnicos sobre a viabilidade do uso de fontes alternativas para a captação de água e a elaboração de programa para atendimento das questões dos ribeirinhos, incluindo a compensação financeira em razão da restrição no uso da água.

Porém, um ano após o acordo, os órgãos informaram que pouco se avançou em relação às obrigações firmadas. A Semmac, por exemplo, informou que pouco foi feito para efetividade do Programa Produtor de Águas da Sub-bacia do Ribeirão Samambaia em razão da ausência de apoio financeiro. Já a SAE comunicou a estimativa para enchimento da barragem construída no ribeirão e concluiu sobre a inviabilidade da implantação de uma nova captação nos cursos dos demais rios, deixando de cumprir com a obrigação de elaboração de parecer.

Em razão do descumprimento, o promotor Roni Vargas ingressou com ação de execução, pedindo a citação do município de Catalão e da Superintendência Municipal de Água e Esgoto para que, no prazo estabelecido pelo juiz, satisfaçam as obrigações de fazer. Entre as obrigações estão a apresentação ao MP dos estudos de viabilidade econômica e ambiental de fontes alternativas de captação e a elaboração de programa para atendimento das questões dos ribeirinhos, com o auxílio nos períodos de estiagem. Em caso de descumprimento, requer que as obrigações sejam executadas por terceiros, cabendo aos acionados o pagamento pelos serviços.

(Texto: Ana Carolina Jobim/Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Supervisão de estágio: Ana Cristina Arruda)

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