Vaca avaliada em R$ 21 milhões e que entrou no Guinness Book como a fêmea mais cara do mundo já foi leiloada ‘pela metade’ em 2022

A vaca Viatina-19 FIV Mara Móveis foi avaliada em R$ 8 milhões, em leilão da ExpoZebu de Uberaba em 2022. Quase dois anos depois, ela foi avaliada em quase o triplo do valor

Viatina-19 FIV Mara Móveis, a fêmea bovina mais cara do mundo. — Foto: Divulgação/Casa Branca Agropastoril

Considerada a fêmea bovina mais cara do mundo pelo Guinness World Records, a vaca Viatina-19 FIV Mara Móveis já foi leiloada “pela metade” na ExpoZebu, em Uberaba. Em 2022, o animal teve 50% da propriedade vendida por quase R$ 4 milhões durante leilão realizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Atualmente, a vaca de 5 anos está avaliada em quase R$ 21 milhões, ou seja, quase três vezes mais do que o avaliado em 2022. A nova avaliação fez com que ela entrasse no livro dos recordes.

A última avaliação ocorreu após um terço do animal ser vendido por cerca de R$ 7 milhões. Os atuais donos da Viatina são a Casa Branca Agropastoril, Agropecuária Napemo e Nelore HRO.

Como funciona a venda de partes de uma vaca?

No mercado da agropecuária, quando se fala em vender “um terço de uma vaca” ou “meia vaca”, a compra está relacionada com o lucro da venda dos embriões que o animal irá produzir.

No caso de Viatina 19, Alysson Sampaio, jurado da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) explica que o valor milionário em que a vaca é avaliada se refere ao desempenho nos julgamentos, pedigree de importância na raça, raridade da genética e características funcionais.

As qualidades do animal serão transferidas para futuras gerações. Isso é o resultado do melhoramento genético, que na ponta da cadeia produtiva entregará ao pecuarista um lucro maior.

Segundo Sampaio, que também é médico veterinário, “vender meia vaca” significa comercializar 50% das cotas do animal. Dessa forma, o comprador vai obter metade do lucro com a venda dos embriões que o animal irá produzir.

Em consenso, os sócios-proprietários da vaca elegem um local para abrigar o animal doador de embriões.

“Na fazenda, ela será aspirada para multiplicar sua genética com vários touros. Sua progênie [descendentes] irá disputar as pistas de julgamentos pelo Brasil ou será comercializada, seja embriões, prenhez ou bezerros nascidos”, explicou Sampaio.

Com o arremate de 50% da propriedade da Viatina-19 em R$ 3,9 milhões, significa que o valor total dela passou a ser projetado em R$ 7.980.000,00.

O jurado Alysson Sampaio explicou que há vários fatores que influenciam esses altos preços como, por exemplo, desempenho nos julgamentos, pedigree de importância na raça, raridade da genética e características funcionais.

Todas essas qualidades serão transferidas para as futuras gerações. Isso é o resultado do melhoramento genético, que na ponta da cadeia produtiva vai entregar ao pecuarista um lucro maior.

“Especificamente nessa vaca de 8 milhões, ela tem família nobre, é muito bonita e está cotada para ser uma das campeãs da ExpoZebu 2022”, finalizou Sampaio.

 

(Com informações, G1)

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