UFCat e Alunos Centro Acadêmico XI de Março discutem tratativas do internato do curso de Medicina

O internato é uma atividade que funciona como o estágio obrigatório — inclusive, é regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC)

(Foto: Divulgação)

Para se tornar médico, sabemos que o caminho é longo. Além de enfrentar um vestibular concorrido, o aluno se depara com 6 anos de graduação, e para isso, é necessário o internato em Medicina, que é uma etapa do curso com duração de 2 anos que ocorre nos últimos períodos da graduação. O objetivo é que os alunos tenham uma vivência 100% prática, realizando o atendimento aos pacientes com a supervisão de um médico, que é um professor da faculdade. É uma atividade que funciona como o estágio obrigatório — inclusive, é regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC). Pelo menos 35% do curso de Medicina deve ser dedicado ao internato. Ele pode ser realizado em hospitais, unidades básicas de saúde e clínicas credenciadas à instituição de ensino. Serve para o aluno conhecer a rotina de trabalho do médico, já que ele passa por diferentes especialidades.

Na manhã desta quarta-feira, 25, parte dos alunos do curso de Medicina da Universidade Federal de Catalão (UFCat) se manifestaram durante visita do prefeito de Catalão, Adib Elias, e a reitora da Universidade Federal de Catalão (UFCAT), Roselma Lucchese, do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro (ex-ministro da Saúde, de 2014-2015) e a secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Denise Pires de Carvalho (ex-reitora da UFRJ, de 2019-2023) à construção do Hospital Regional de Catalão. Eles se manifestavam pacificamente para tratativas do internato.

Veja o que diz o Centro Acadêmico XI de Março – Medicina UFCAT ao Zap Catalão:

Já foram realizadas reuniões na universidade, tanto com a coordenação do curso quanto com a pró reitoria de graduação, para tratativas do internato, porém da coordenação a resposta é sempre que está tudo pronto da parte pedagógica, enquanto da PROGRAD escutamos que está sendo feito o que eles podem administrativamente, mas sem ferir a hierarquia que a coordenação possui para gerir o curso. Porém o que vemos como alunos é que, apesar dos esforços dessas instâncias, estamos há um mês atrasando o começo da etapa do internato, fato que era sabido há 4 anos desde a inauguração do curso. Desse modo, as negociações poderiam ter sido iniciadas antes, mas no atual momento, o que observamos é que a cada semana o início muda para a próxima.

Dessa forma, a manifestação foi para chamar atenção para esse fato, apesar de conhecermos as etapas necessárias, falta clareza aos discentes de detalhes de tratativas. Existe também desencontro nas informações passadas pela coordenação e pela pró reitoria de graduação. Além disso, essa coordenação de estágios do curso está desfalcada, pois o professor que era responsável retirou-se do cargo.

Portanto, nossa única vontade é dar início a esse ciclo muito importante para a formação dos estudantes. Precisamos de hospitais e unidades básicas de saúde que nos recebam e contribuam para a nossa formação, já muito desfalcada pela falta de campo de prática, de recursos humanos, de corpo administrativo entre outras lacunas que reivindicamos desde o início do curso.

Em contato com o coordenador do curso de Medicina da UFCat, Dr. Augusto César, disse à nossa reportagem que “Todas as tratativas sobre o estágio obrigatório são feitas dentro do regramento da Universidade…. Qualifico a inquietação, mas a turma está ciente de todas as questões e etapas e escolheu um caminho que entendo infeliz, embora respeite o direito de manifestação deles. … Respeito o direito de manifestação, mas, várias destas afirmações feitas não são verídicas…”, disse.

O Zap Catalão entrou em contato com a Universidade Federal de Catalão (UFCat), através da Coordenação Geral de Estágios para informações oficiais e até o fechamento desta matéria, não retornaram.

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