Servidores estaduais voltam ao trabalho presencial nesta segunda (7)

Cerca de 30 mil voltam ao regime presencial. Trabalho remoto durante a pandemia chegou a gerar economia de R$ 83 milhões aos cofres públicos.

Palácio Pedro Ludovico, sede do Governo Estadual (Foto: divulgação/governo)

Depois de mais de oito meses em regime de home office, cerca de 30 mil servidores estaduais retomam nesta segunda-feira (7) o trabalho presencial nos órgãos do Estado de Goiás. A determinação de retorno, no entanto, não afeta trabalhadores com mais de 60 anos, com imunodeficiências, doenças crônicas ou graves, gestantes e lactantes. O governo estuda possibilidade de regulamentação do teletrabalho.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração (Sead), dos 89 mil servidores ativos em Goiás cerca de 60% já estavam em regime de trabalho presencial. O retorno desta segunda-feira atinge o universo dos 30 mil que ainda estavam no chamado teletrabalho. Deste 30 mil há o percentual, ainda não estimado, de trabalhadores com fatores de risco à infecção decovid-19. Ao todo o estado possui 161 ativos e inativos.

O regime de teletrabalho foi instituído em caráter emergencial através de decreto publicado na segunda quinzena de março e prorrogado em setembro. O afastamento fez parte das medidas de isolamento social para controle da disseminação do coronavírus no estado. O retorno foi instituído também através do decreto Nº 9.751 publicado no dia 30 de novembro de 2020.

Economia

Segundo dados da Sead, o trabalho remoto gerou economia de R$ 83 milhões ao estado com as despesas de custeio. A maior economia foi com consumos de água, esgoto e energia, com redução de R$ 35 milhões, quase 49% a menos em comparação com o mesmo período do ano passado.

A gestão estadual ainda registrou queda de 72% no custeio com materiais de expediente. A avaliação do governador Ronaldo Caiado (DEM) é positiva sobre os números registrados. No entanto, uma eventual regulamentação do teletrabalho na administração estadual ainda passa por estudos para viabilidade.

Grupo de risco

Segundo o decreto, são consideradosgrupo de risco aptos a continuarem em regime de teletrabalho servidores: com 60 anos ou mais; com imunodeficiências ou com doenças preexistentes crônicas ou graves, cardiopatias graves ou descompensados (insuficiência cardíaca e cardiopatia isquêmica), pneumopatias graves ou descompensados (asma moderada/grave e doença pulmonar obstrutiva crônica), imunodepressão, doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5), diabetes mellitus (conforme juízo clínico), além de doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; e gestantes e lactantes com filhos de até 12 meses.

O decreto ainda diz que os servidores em teletrabalho devem utilizar ferramentas e as tecnologias adequadas ao acompanhamento remoto do trabalho, assim como à manutenção da produtividade equiparada à da atuação presencial. Os órgãos e as entidades que não possuírem sistemas próprios de acompanhamento da produtividade poderão utilizar ferramentas gratuitas, como Trello, Quire, Asana, Google Drive, Zoom.us ou outras disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi).

Com informações Mais Goiás

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