Reitor afirma que corte de verba do Ministério da Educação pode impedir o fechamento do ano acadêmico na UFU

UFU pode sofrer sérios impactos com corte de verbas do MEC — Foto: Divulgação/ UFU

O bloqueio de 30% na verba das instituições de ensino federais do país pode impedir o fechamento do ano acadêmico da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A afirmação é do reitor da instituição Valder Steffen Júnior, que disse também que o volume de cortes anunciado terá forte impacto sobre o andamento da instituição de ensino até o final de 2019.

O anúncio do corte das verbas foi feito pelo Ministério da Educação na última terça-feira (30), impactando diretamente nas universidades federais do país.

Em nota, a universidade explicou que, nos últimos anos, outras situações de limitação orçamentária foram incorporadas, tornando muito difícil acomodar qualquer nova redução. “No caso do custeio da instituição, o impacto viria inicialmente nos contratos de luz, segurança, limpeza, internet, manutenção de equipamentos e reformas”.

Além disso, o corte vai comprometer materiais, reagentes, insumos de laboratório para ensino e pesquisa. “Quanto aos recursos de capital, estes já se encontram extremamente limitados e novos cortes levariam à completa paralisação de obras em andamento e a reposição de equipamentos de laboratório em geral e, também, de equipamentos de informática”, acrescentou o comunicado.

O reitor também alertou para o impacto nos estudantes mais carentes. “Finalmente, caso os cortes atinjam a assistência estudantil, as consequências de caráter social sobre nossos estudantes com vulnerabilidade econômica é tremendo, impedindo-os de prosseguirem seus estudos, o que é profundamente injusto. Em poucas palavras, a confirmação dos cortes traz consigo a incapacidade institucional de arcar com as despesas operacionais da UFU, sendo impossível fechar o ano acadêmico a contento”, finalizou.

Entenda o caso

Segundo o MEC, o bloqueio vale para todas as universidades e todos os institutos no país (confira a nota oficial abaixo). A rede federal inclui mais de 60 universidades e quase 40 institutos em todos os estados do Brasil.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já havia afirmado que a política de cortar a verba dedicada às universidades está em linha com o plano de governo que elegeu o presidente Jair Bolsonaro. “Os recursos futuros vão ser direcionados para cursos de graduação ou para a pré-escola, ou para a educação básica”, afirmou. Ele garantiu que as matrículas e cursos universitários já abertos serão mantidos.

Comentários