Dívida afeta mais de 200 produtores na região de Catalão, produtores relatam um atraso de 90 dias no pagamento.

Mais de 200 produtores de leite da região de Catalão não receberam pelo leite produzido nos últimos dois meses. A COACAL – Cooperativa Agropecuária de Catalão afirma que a negociação de vendas foi realizada diretamente pelos produtores com a uma Cooperativa em Uberlândia, mas os pagamentos não foram efetuados. O presidente da COACAL, Wendel Antônio Ferreira, relata um atraso de 90 dias no pagamento dos produtores.

Conforme Wendel, a dívida da empresa com os produtores totaliza cerca de 6 milhões de reais e envolve aproximadamente 213 produtores, incluindo associações, afetando diversos municípios da região de Catalão. Na época, a produção de leite fornecida à Cooperativa de Uberlândia era de cerca de 50 mil litros por dia, e as negociações foram conduzidas pelos produtores com o apoio da Cooperativa Agropecuária de Catalão, à qual são associados.

Segundo o presidente da COACAL, a empresa também deve à Cooperativa de Catalão, pois deveria ter pago pelas vendas de rações que realizaram aos produtores, que seriam descontadas de seus pagamentos. Posteriormente, a empresa deveria pagar a Cooperativa de Catalão, onde foi firmado um acordo entre as duas cooperativas. Com isso, a COACAL alega ter um prejuízo de mais de 30 mil reais relacionado à comercialização de ração que ainda não foi paga.

Até o momento, a empresa Cooperativa de Uberlândia ainda não se posicionou sobre o caso. Nossa reportagem entrou em contato com a cooperativa buscando uma resposta.

Devido à crise, a COACAL passou a comercializar a produção de leite desses produtores afetados para uma empresa de laticínios localizada em Corumbaíba. A partir de agora, a Cooperativa de Catalão é responsável pelo pagamento aos produtores, trazendo mais estabilidade ao processo. Para aliviar as dificuldades financeiras dos produtores afetados, a COACAL fez um adiantamento de 1 milhão de reais, que será descontado no próximo pagamento emitido pela cooperativa.

Além disso, os produtores estão se organizando para realizar um protesto na sede da empresa em Uberlândia nos próximos dias, em busca de soluções para essa situação complicada.