Prejuízo de R$ 2 bilhões: Ministério da Saúde deixa 39 milhões de vacinas contra Covid vencerem

Do total, quase 2 milhões venceram em 2021, cerca de 10 milhões venceram em 2022 e 27 milhões venceram em 2023, até 28 de fevereiro

(Mulher segura um pequeno frasco etiquetado com um adesivo ‘Vacina coronavírus Covid-19’ e uma seringa médica Reuters – Foto: Reuters)

O Ministério da Saúde deixou, de 2021 a 2023, 38.951.640 doses de vacinas contra a Covid-19 em estoque vencerem. O quantitativo representa um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos. A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pela pasta ao GLOBO

Do total, mais de 33 milhões de imunizantes já foram incinerados. Nos próximos 90 dias, mais 5 milhões de doses vencem e outras 15 milhões terão seu prazo de validade expirado em 180 dias.

“O governo anterior negou à equipe de Transição informações sobre estoques e validade de vacinas. Ao assumir, a atual gestão do Ministério da Saúde se deparou com um cenário de 27,1 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 sem tempo hábil para distribuição e uso”, esclareceu o Ministério da Saúde em nota.

Das vacinas vencidas, quase 2 milhões venceram em 2021, cerca de 10 milhões venceram em 2022 e 27 milhões venceram em 2023, até 28 de fevereiro.

“O Ministério da Saúde buscou uma solução pactuada com o conselho de secretários estaduais e municipais de saúde – Conas e Conasems – para um esforço conjunto para evitar novos desperdícios. Outras ações também estão sendo pactuadas dentro do Movimento Nacional pela Vacinação”, argumenta a pasta.

O estoque de produtos do Ministério da Saúde está sob sigilo desde 2018, em um período inicial de cinco anos. A pasta ampliou o prazo em 2022 para data indefinida – as informações são protegidas por dois anos após serem produzidas. O sigilo impossibilita o acesso ao número de medicamentos, vacinas e testes dentro e fora da validade e os valores gastos. Em 17 de fevereiro, a CGU recomendou que o ministério revesse e derrubasse a medida, mas a pasta ainda não se manifestou sobre o assunto.

Com informações: O Globo

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