Polícia Civil de Nova Aurora apura crime de racismo contra nordestinos após resultado do primeiro turno das eleições 2022

Os nordestinos foram alvo de racismo após o processo de apuração das eleições presidenciais de 2022, em Nova Aurora. A Polícia Civil instaurou inquérito policial

(Foto: Montagem/Zap Catalão)

O caso aconteceu na noite do último domingo (2), após a certificação da vitória de Lula no 1° turno em todos os estados da região do nordeste, com milhões de votos de vantagem em relação à Bolsonaro. A situação gerou uma onda de comentários racistas praticados por duas moradoras da cidade, em um grupo de whatsAapp com nome “Nova Aurora é Bolsonaro22”. As duas mulheres ofendem os nordestinos que residem em Nova Aurora, por conta da vitória de Lula e pelo fato do petista ter sido o mais votado no município.

Uma mulher de 47 anos – cuja lei proíbe sua identificação -, diz que os “nordestinos deveriam morrer de fome e sede lá no Nordeste, e que Bolsonaro não deveria fazer a transposição do Rio São Francisco lá”.

A mesma mulher diz que Bolsonaro deveria deixar o Nordeste “pastando”, e que ela pelo menos tem a “mente aberta”. Ela ainda afirmou que os nordestinos que trabalham nas fazendas do município deveriam ser demitidos.

Já em comentários escritos no mesmo aplicativo, as duas mulheres afirmam que “os nordestinos saem de sua região, pois passam fome”.

A reportagem do Zap Catalão, em contato com o delegado Victor Manuel Margon Marin, responsável pela delegacia de Polícia Civil em Nova Aurora, segundo o delegado, já instaurou Inquérito Policial a fim apurar crime de racismo e nos próximos dias todos os envolvidos serão intimados.

Confira nota da Polícia Civil de Goiás

A POLÍCIA CIVIL instaurou Inquérito Policial a fim apurar crime de racismo ocorrido em Nova Aurora.

Moradores da cidade, nordestinos e descendentes apresentaram mensagens de texto e áudios ofensivos contra eles proferidos em um grupo de WhatsApp (“Nova Aurora Bolsonaro 22”).

O crime é o do art. 20 parágrafo 2° da lei 7716/89 com pena que vai de reclusão de 2 a 5 anos.

As diligências estão em andamento. Serão intimados todos os envolvidos nos próximos dias.

O Zap Catalão optou por não divulgar os áudios.

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