POLÍCIA CIVIL CONCLUI INQUÉRITO QUE APURAVA ENFORCAMENTO GRAVADO DENTRO DE PRESÍDIO EM CATALÃO

Presídio de Catalão

A Polícia Civil de Catalão concluiu o Inquérito Policial que apurava as circunstâncias da morte de Valdair Leonel, ocorrida no dia 21 de janeiro deste ano. Na ocasião, começou a circular em redes sociais um vídeo que mostrava a vítima se enforcando com um lençol na cela em que estava custodiado, no presídio de Catalão.

O delegado Vitor Oliveira Magalhães, da 1ª Delegacia Distrital de Catalão, responsável pelo procedimento, explicou que Valdair havia sido investigado em 2016 por conta de um suposto estupro. Em novembro do ano passado, o caso foi remetido ao Poder Judiciário, sem que, no entanto, houvesse sido determinada a prisão do suspeito. Acontece que, dias depois, Valdair foi preso por descumprir medidas protetivas de urgências concedidas com base na Lei Maria da Penha: “Ele respondia esse outro procedimento e acabou detido em virtude dele”.

No presídio, Valdair acabou sendo citado em decorrência de denúncia oferecida pelo Ministério Público no caso do estupro e o fato chegou ao conhecimento dos demais presos. “De alguma forma, todos os presos tomaram conhecimento desta denúncia relativa ao estupro e o Valdair não foi remanejado de cela”, comentou Magalhães.

O delegado explicou que no dia 21 de janeiro, os presos da cela 05 remanejaram, eles próprios, Valdair da cela 03 para a cela 05. “Lá, no período noturno, fizeram um verdadeiro interrogatório e julgamento. Ao final, como veredicto, colocaram uma corda feita de lençol no pescoço do Valdair, obrigando-o a se jogar da grade da cela. Tudo foi filmado pelos próprios presos, que depois divulgaram o vídeo em grupos de whatsapp e redes sociais. Os presos da cela 05 alegaram terem agido em nome do PCC”.

O Inquérito foi concluído com o indiciamento de 14 detentos. Eles responderão por homicídio qualificado.

Vitor Magalhães destacou o apoio dado à Polícia Civil pelo Instituto de Criminalística de Goiânia. “Entre as diversas diligências que realizamos, uma delas consistiu na gravação dos interrogatórios dos presos e posterior encaminhamento dos vídeos gravados e do vídeo feito pelos presos ao Instituto de Criminalística para exame de reconhecimento de locutor. A partir desse exame pericial foi possível apurar pelo menos três integrantes da cela que foram os fomentadores e coordenadores do bárbaro crime”, informou.

Fonte: Polícia Civil

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