PCGO indicia 10 pessoas por ligações com homicídios conexos em Caldas Novas

(Foto: Divulgação / Polícia Civil)

Nessa semana, o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas conclui duas investigações ligadas aos crimes de homicídio e organização criminosa. A primeira refere-se a duplo homicídio ocorrido na cidade de Caldas Novas, no dia 18/10/2022, em desfavor das vítimas Wélio Alves Guimarães e Paulo Gomes de Sousa; o segundo homicídio ocorreu no dia 30/07/2023, em desfavor da vítima Welton Alves Guimarães. Ambos os crimes foram praticados no bairro Estância Itapuã, em locais bem próximos, sendo que as vítimas Wélio e Welton são irmãos e possuíam envolvimento com o tráfico de drogas. O modo de agir nos dois casos também foi bem semelhante: uma pluralidade de pessoas armadas invadiram os imóveis onde as vítimas residiam e as mataram no interior das casas.

Durante as investigações, constatou-se que ambas as infrações foram praticadas por integrantes de organizações criminosas atuantes no Estado de Goiás e tiveram como motivação disputas entre facções na tentativa de demonstração de poder e pelo controle do tráfico de drogas. No primeiro fato foram indiciadas três pessoas e no segundo fato foi feito o indiciamento de sete pessoas.

No tocante ao crime ocorrido no dia 18/10/2022, foram identificados os executores, quais sejam: Romário Gil de Sousa Nascimento, de 29 anos de idade; Augusto Rodrigues Oliveira, de 23 anos de idade, conhecido pelo apelido de “Carrara”; e Max Mateus da Silva Arruda, de 25 anos de idade, conhecido pelo apelido de “Marreta”. Todos os investigados são detentores de registros criminais anteriores. Esses três autores foram indiciados no inquérito principal e o primeiro também foi indiciado em outro inquérito destinado a investigar organização criminosa.

Em relação ao homicídio ocorrido no dia 30/07/2023, em desfavor da vítima Welton, verificou-se que os três investigados já citados também tiveram participação, sendo que Romário Gil e Augusto figuraram na condição de mandantes, enquanto que Max Mateus foi um dos executores. Além deles, também foram identificadas outras pessoas envolvidas na prática da infração: Guilherme Lopes, de 23 anos de idade, conhecido como “Lock”, foi apontado como um dos executores. Iago Aparecido Costa Silva, de 29 anos de idade, apelidado de “Porte”; Carlos Alberto Alves Neto, de 23 anos de idade; Eduardo Alves Paes da Silva, de 31 anos de idade, são apontados como partícipes, tendo contribuído dirigindo o veículo usado no crime, guardando as armas e o veículo usados, bem como cedendo uma das armas utilizadas.

Os executores do segundo crime também foram indiciados pelo crime de maus-tratos a animal, na modalidade qualificada, por terem provocado a morte de um cão existente na casa, ao alvejá-lo com projétil de arma de fogo, gerando intenso sofrimento ao animal. Esses investigados possuem registros criminais pretéritos e alguns deles também foram indiciados em outra investigação pelo crime de organização criminosa.

Durante as investigações, a Autoridade Policial representou pela decretação da prisão temporária dos investigados, pleito que foi acolhido pelo Poder Judiciário, com manifestação favorável do Ministério Público. No curso das investigações os envolvidos Romário Gil e Eduardo Alves foram presos pela Polícia Civil do DF, estando recolhidos em unidades prisionais no Distrito Federal. Carlos Alberto foi preso pela equipe do GIH de Caldas Novas e Iago Aparecido, preso pela Polícia Militar. Estão foragidos os investigados Augusto Rodrigues, Max Mateus e Guilherme Lopes.

Também prestaram relevante apoio nas investigações o Instituto Nacional de Identificação (órgão vinculado à Polícia Federal ) e a Superintendência de Identificação Humana do Estado de Goiás.

A divulgação da identidade e da imagem dos investigados encontra respaldo na Lei n. 13.869/2019, Portaria Normativa Portaria n. 547/2021 DGPC, além de despacho fundamentado da autoridade policial, tendo em vista o interesse público de identificar o provável envolvimento dos investigados em outros crimes praticados no Estado de Goiás, identificar outras fontes de prova, bem como com o fim de realização a prisão dos investigados que atualmente estão foragidos. Qualquer informação acerca da localização dos investigados foragidos poderá ser transmitida via WhatsApp para o telefone do GIH/GENARC de Caldas Novas – (62) 99266-4074.

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