Número de afogamentos em Goiás tem aumento de mais de 50% em 2023

No ano passado, o número de ocorrências desse tipo foi de 71, enquanto neste ano o registro é de 108.

(Bombeiros em ocorrência para resgatar vítimas de afogamento em Caldas Novas no carnaval deste ano | Foto: CBM-GO)

O número de afogamentos em Goiás, de acordo com números do Corpo de Bombeiros, cresceu mais de 50% de janeiro a agosto de 2023 se comparado com o mesmo período de 2022. No ano passado, o número de ocorrências desse tipo foi de 71, enquanto neste ano o registro é de 108, o que implica um crescimento de 52,11%.

Até setembro de 2022, foram 80 afogamentos. Já neste mês, segundo números atualizados até esta segunda-feira, 11, sete pessoas se afogaram, o que totaliza 115 em 2023.

Os meses de março e outubro do ano passado registraram os maiores números da ocorrência, com 13 cada. Já neste ano, o mês de julho teve mais acidentes do tipo, com 22 ao todo.

De acordo com o tenente-coronel dos bombeiros, Luiz Eduardo Lobo, a elevação das temperaturas pode explicar o aumento desses casos, já que as pessoas costumam buscar locais para banho nessas condições do tempo.

No entanto, o militar ressaltou que esses números apresentam uma oscilação comum, ou seja, em um ano pode aumentar, como também pode diminuir sem um motivo claro aparente.

Outros números

Por outro lado, maio e dezembro foram os meses com o menor número de afogamento, cinco cada, enquanto em 2023, para meses completos, as ocorrências mais baixas foram março e maio, nove em cada.

Em 2022, 105 pessoas se afogaram ao todo e, neste ano, Goiás superou essa marca já em agosto, quando terminou o mês com 108 afogamentos.

O levantamento feito pelos bombeiros analisou os dados de 12 diferentes tipos de ocorrências. Além de afogamento, há registros de emergência clínica, acidente de trânsito, queda de altura, agressão, intoxicação exógena, tentativa de auto-extermínio, transporte, acidente esportivo, acidentes pessoais, lesão térmica e acidentes diversos.

Tanto no ano passado, quanto em 2023, das 12 ocorrências o afogamento apresentou o menor número. Emergência clínica aparece como líder, seguida por acidente de trânsito e queda de altura, em ambos os anos.

Recomendações

A recomendação do Corpo de Bombeiros, segundo o tenente-coronel Lobo, é que as pessoas busquem locais que tenham a supervisão da corporação ou de guarda-vidas particulares.

“Além disso, evitar consumo de bebida alcóolica antes de entrar na água e procurar local onde a pessoa já conheça, ou ainda que esteja sempre acompanhada de alguém que saiba. Se for algum local com profundidade ou correnteza, utilize o colete salva-vida para se manter na superfície”, recomendou.

“A gente orienta também nunca mergulhar de cabeça se não conhecer a profundidade para evitar lesões na coluna cervical, redobrar os cuidados nas pedras em cachoeiras por ser escorregadias. A maioria dos afogamentos ocorre em água doce e não no mar. É importante alertar”, completou.

Em caso de presenciar um afogamento, o bombeiro militar afirmou que a corporação deve ser acionada imediatamente e o contato de direto para o salvamento não é recomendável.

“Para tentar salvar, é tentar lançar um objeto para auxiliar, uma tampa de caixa de isopor, ou uma garrafa pet, ou um galho de árvore. O contato direto é só para a pessoa que saiba, esteja treinada para o salvamento”, finalizou.

Com informações: Jornal Opção

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