Vítima tinha conseguido uma medida protetiva contra o ex-marido, que foi revogada três dias antes do crime.

Em São Paulo, um homem matou a ex-mulher e baleou outra pessoa que estava com ela. A vítima tinha conseguido uma medida protetiva contra o ex-marido, que foi revogada três dias antes do crime.

Era mais de 2h quando Gabriel chegou em casa com a mulher e logo os dois se assustaram com o que ouviram. “Ouvimos acho que quatro tiros. Comentei com ela e falei: “isso é tiro’”, disse.

Os tiros, segundo eles, vinham do apartamento de uma vizinha, que morava há pouco tempo no primeiro andar. Uns 15 minutos depois da confusão, chegou a polícia. Quem chamou foi um vizinho, o primeiro a chegar no apartamento, que estava aberto. Lá dentro, o cenário era assustador.

Segundo a polícia, no chão da sala estavam a moradora, Edna Amaralina da Silveira, de 28 anos, e um homem, de 42, que passava a noite com ela. De acordo com a investigação, baleada e inconsciente. Ele, também baleado, mas acordado, dizia que quem tinha atirado era o ex-marido de Edna.

O suspeito de ter feito os disparos é Hugo Alexandre Gabrich, que está foragido. Ele teria entrado no prédio junto com um entregador de pizza.

O casal foi socorrido, mas Edna morreu. O homem baleado tá internado no hospital Samaritano, em São Paulo, e corre o risco de ficar paraplégico.

Hugo e Edna viveram juntos por cerca de seis anos na cidade de Catalão, em Goiás. Há alguns meses, decidiram se separar. Quem confirma essas informações é um advogado que cuidava do processo e não quis gravar entrevista. Depois da separação, Edna foi para São Paulo e Hugo foi para Minas Gerais.

Só que em julho desse ano, Edna conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra Hugo. O motivo: ameaça.

A decisão judicial o proibia de estar a menos de 20 metros de distância de Edna por causa de ameaças que ele teria feito contra ela. Mas, na última quarta-feira, o Tribunal de Justiça de Goiás revogou a medida a pedido da própria Edna. A polícia quer descobrir o motivo de ela ter voltado atrás.

Fonte: G1 São Paulo