Menina de 9 anos que foi morta em Araguari quando ia comprar gelatina é velada; incêndio foi registrado na casa do suspeito do crime

Corpo de Larissa dos Anjos Sena foi encontrado no quintal de uma residência do Bairro Gutierrez. No local um caderno que pode ser de Juliano de Almeida Ribeiro foi encontrado com frases como: ‘o tempo está acabando’ e ‘você consegue dormir em paz?’.

Larissa dos Anjos Sena, de 9 anos, que foi morta em Araguari, foto de arquivo — Foto: Reprodução/Facebook

O velório de Larissa dos Anjos Sena, de 9 anos, morta no Bairro Gutierrez em Araguari, ocorrerá a partir das 12h desta quinta-feira (30). O suspeito do assassinato, Juliano de Almeida Ribeiro, de 35 anos, foi morto e ainda não há informações sobre o sepultamento. Após o crime, a casa onde o homem morava foi incendiada na noite da quarta-feira (29). No local, foi encontrado um caderno com algumas frases como “o tempo está acabando” e “você consegue dormir em paz?”.

Segundo moradores da região, a menina foi encontrada sem roupa no quintal da residência na Rua dos Antúrios. Em seguida, o suspeito do crime foi agredido por um grupo de vizinhos, amigos e familiares da garota e morreu no local. (Veja mais abaixo)

Velório da criança

O velório de Larissa está previsto para ocorrer depois das 12h no cemitério Bom Jesus em Araguari. O sepultamento deverá ocorrer às 14h.

Casa do suspeito

Caderno encontrado na casa de Juliano de Almeida Ribeiro, local onde foi registrado o crime em Araguari — Foto: Reprodução/TV Integração

Na casa do suspeito, onde ocorreu o crime, foi localizado um caderno com algumas frases como “o tempo está acabando” e “você consegue dormir em paz?”. Também havia perguntas como: “o que é a dengue?” e “o que é a Covid-19?”. O conteúdo ainda deverá ser analisado pela Polícia Civil, que investiga o caso.

Ainda na residência, por volta das 20h45, houve um incêndio. O Corpo de Bombeiros esteve no local e conseguiu controlar as chamas. Um cômodo foi atingido e houve alguns danos estruturais, além de móveis danificados. Ainda não se sabe as causas do fogo e se realmente foi criminoso.

Incêndio na casa do suspeito do crime em Araguari — Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação

O crime

Segundo a Polícia Militar (PM), Larissa saiu de casa entre 11h30 e 12h para ir até uma mercearia comprar gelatina. Primeiro ela foi a um comércio que ficava bem próximo à casa dela, mas não encontrou a que ela queria. Ela então foi para outra mercearia, a cerca de 300 metros de onde ela morava. Após isso, ela desapareceu e não voltou para casa.

Com isso, familiares e vizinhos começaram a procurá-la pelo bairro. Em determinado momento, o grupo de busca se deparou com o autor na porta da residência dele e perguntou se ele tinha visto a menina, porque eles moravam na mesma rua. O homem negou.

Ainda durante as buscas, um colega de escola da vítima disse para a família que a viu passando pela rua da casa dela com uma sacola na mão e que o suspeito também estava sentado na calçada quando a menina passou.

Com isso, o grupo retornou para a casa do autor com a suspeita de que ele sabia do paradeiro da criança e entraram na residência dele no intuito de localizá-la.

“Infelizmente a localizaram no quintal, não enterrada, mas obstruída por uma porta, folhas de bananeira, terra, como se ele estivesse escondendo a criança”, disse o capitão da PM Tiago Andrade Lana.

Homicídios registrados no Bairro Gutierrez em Araguari — (Foto: Reprodução/Facebook)

Quando um grupo chegou ao local, o homem já não estava na calçada e não quis abrir o portão. Com isso, este grupo foi até a casa da mãe dele, que mora próximo e a chamaram. Ela abriu o portão da casa do filho e eles o encontraram bastante agitado.

“Os populares que estavam lá, que nós infelizmente não conseguimos identificar porque tinham parentes, tinham amigos, tinhma vizinhos, tinham outras pessoas até desconhecidas, iniciaram diversas agressões contra o autor e, com a chegada das equipes policiais, essas pessoas foram saindo da residência e nos deparamos com o autor bastante machucado, já praticamente, a princípio, sem vida”, informou o capitão da PM Tiago Andrade Lana.

De acordo com a PM, o Samu chegou logo em seguida e o médico constatou o óbito do homem no local do crime.

Ainda segundo a PM, a perícia não conseguiu confirmar se a criança foi estuprada. O capitão Lana disse também que, a princípio, não havia nenhuma testemunha dentro da residência do suspeito. Por isso, ainda não há uma motivação específica para o crime.

Investigação

A Polícia Civil esteve na casa onde tudo foi registrado e vai investigar o crime. Ainda na manhã desta quinta-feira, a corporação irá comentar sobre o caso.

O suspeito de ter assassinado a garota tem 2 registros policiais, um por tráfico de drogas e outro por lesão corporal.

*Com informações do G1 Triângulo Mineiro

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