Líder e membro de facção perigosa são presos durante operação em Uberlândia

Líder e membro de facção perigosa são presos durante operação em Uberlândia

Cantídio Nere do Nascimento Neto e Pablo Henrique Melquides da Silva — Foto: Gaeco/Divulgação

Cantídio Nere do Nascimento Neto e Pablo Henrique Melquides da Silva foram presos na noite de sexta-feira (8) em Uberlândia. Ambos são integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

As prisões ocorreram durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de Uberlândia (Gaeco) e do Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar).

De acordo com denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), além de Cantídio e Pablo, outros nove homens são suspeitos de integrarem à facção criminosa.

“Ele [Cantídio] foi preso enquanto estava tranquilo em um bar no Morumbi. Tomamos todos os cuidados para que não houvesse reação, usando o fator surpresa a nosso favor. As investigações apontam que ele era líder não só do Bairro Morumbi, mas de diversas localidades da região”, explicou o tenente da Polícia Militar Cleiton José.

As investigações identificaram que desde maio de 2022, os investigados integravam a organização criminosa voltada para a prática de tráfico de drogas e tortura.

Ainda segundo a denúncia, no dia 28 de maio de 2022, Cantídio e outros três homens sequestraram e torturaram um homem em Uberlândia, a mando do PCC. A intenção era saber se ele fazia parte de uma facção rival, chamada “Bonde dos 40”.

Na ocasião, a vítima foi torturada por mais de 1 hora e ameaçada de que seria executada naquela noite se não confessasse participar da facção.

“As investigações indicam que essa vítima foi pega por engano e torturada. Enquanto os membros da facção aguardavam a autorização do comando para executá-la, ela conseguiu fugir”, contou o promotor Thiago Ferraz.

Um mandado de busca e apreensão durante a Operação Tribunal do Crime, com a extração de aparelhos celulares, constatou que a facção PCC instituiu uma unidade permanente em Uberlândia, que tem Cantídio como comandante. Segundo informações, ele é responsável por manter a ordem na região do Bairro Morumbi.

O criminoso ainda participa do tráfico de drogas, faz a gestão das cantoneiras, ostenta fotos nas redes sociais, realiza análise prévia de novos pretendentes a integrar na facção, faz interlocução com outros setores do PCC, e “resolve problemas internos da facção”.

Durante as investigações foi constatado que Cantídio está envolvido com diversos grupos de WhatsApp, e que inclusive compartilhou o estatuto atualizado da facção PCC no “Grupo Sintonia Uberlândia”, limitado àqueles que administram pontos do tráfico para a organização criminosa na região.

As investigações pegaram planilhas de movimentações financeiras do tráfico de drogas no celular de Cantídio, além de comprovação de que os transgressores da facção são imediatamente punidos com agressões, torturas e até morte violenta.

O suspeito já havia sido preso na França, sua ex-companheira está presa na Armênia, e ele cooptava mulheres para engolir drogas e ir para a Europa.

O MP constatou também que Pablo e outro suspeito passaram a integrar o PCC em agosto de 2022, ligados ao Cantídio.

 

(Com informação, G1)

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