Justiça: Prefeitura de Três Ranchos consegue paralisar demolições de construções pela Cemig

Justiça atendeu ao pedido da empresa Cemig. Prefeitura questiona utilidade da decisão, que considera extrema

(Foto: Zap Catalão)

Na tarde desta terça-feira (25), a Companhia Energética de Minas Gerais S.A – Cemig, uma das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil, por autorização judicial, deu início à demolição das construções, especificamente às margens do Lago Azul, em Três Ranchos. Em uma chácara do município, a equipe de reportagem do Zap Catalão registrou imagens da demolição de um quiosque e a destruição de uma piscina.

Segundo informações, há mais de 10 anos a empresa notifica donos de imóveis que construíram casas dentro da área do lago. A Companhia solicitou aos donos, que as residências fossem destruídas, mas isso não aconteceu. Diante da situação, a empresa recorreu à Justiça, que determinou a demolição.

Em entrevista ao portal Zap Catalão, o prefeito de Três Ranchos, Hugo Deleon, afirma que o corpo jurídico da Prefeitura de Três Ranchos e da Câmara de Vereadores conseguiram encontrar algumas inconsistências no processo. “Para realizarem a demolição, a Cemig tinha licença ambiental, com sentença transitado e julgado, mas faltava  a presença aqui do oficial de justiça, de um mandado de reintegração e de demolição dessas construções. Com o auxílio do comando da Polícia Militar, conseguimos fazer a paralisação dessas demolições até olharmos toda documentação. Há propriedades que possuem proprietários novos e que são processos antigos, como exemplo, processo arquivado em 2016, e que agora estão fazendo o comprimento dessa sentença e não existe o mandato atual. Então, estamos aqui para defender o município”, afirmou o chefe do executivo trirranchense.

Em dezembro de 2018, Hugo Deleon conseguiu paralisar as demolições. Hoje, o prefeito questiona a utilidade dessas demolições. “É uma medida que é legal, a gente entende o lado da Cemig também, mas assim, que ela não tem utilidade nenhuma, nem para a Cemig, nem para os moradores, donos, proprietários de chácaras e muito menos para o município. Quer dizer, a gente tem que estudar outra medida que não essa extrema de demolição, porque ela não soma para ninguém” afirmou o prefeito.

O prefeito ainda afirmou que essa medida é drástica e que dificilmente o lago atingirá seu limite, e que tais demolições são danosas para o município, pois as casas que foram e que poderão ser demolidas, acarretará prejuízos econômicos, com desempregos de caseiros, prestadores de serviços dentre outros, e que a solução mais plausível para se encontrar uma saída menos drástica e danosa, seria o diálogo.

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