Jovem é indiciado por agredir vizinha com socos após briga por causa de bluetooth da televisão, em Goiânia

Gravação mostra os dois se agredindo durante briga e que o suspeito também foi agredido por um homem que tentou separar a confusão.

(Foto: Reprodução / Edição Zap catalão)

Um jovem de 26 anos foi indiciado após agredir uma vizinha com socos por causa de bluetooth da televisão, em Goiânia. À Polícia Civil, T. C., de 19 anos, disse que G. H. C. foi até a casa por achar que ela estaria conectada na televisão dele e reproduzindo vídeos contra sua vontade. Um vídeo mostra os dois se agredindo durante briga e que o suspeito também foi agredido por um homem que tentou separar a confusão.

A reportagem, o indiciado alegou ter tido um surto psicótico e não se lembrar de nada do que aconteceu acerca do fato (veja nota na íntegra abaixo). O advogado de G. H. C., Diogo Procópio, ainda afirmou que T. C. e o indiciado “entraram em vias de fato por genialidade de convivência”. Além disso, ele afirmou que quando o suspeito estava ouvindo música, a jovem teria “logado na televisão dele e escrito várias injúrias sobre a sexualidade dele”.

Diogo ainda afirma que, antes da briga, a jovem teria incitado os vizinhos a falarem mal de G. no corredor. Além disso, alegou que T. iniciou as agressões.

O caso aconteceu no último dia 7 de outubro, no Setor Norte Ferroviário. No inquérito policial, a delegada Emília Gluck de Podesta explicou que, durante as agressões, foi necessário que vizinhos intervissem e socorressem a jovem.

Ainda abalada, a jovem afirmou não conseguir seguir sua rotina normalmente desde a data das agressões.

“Não consigo ir para a faculdade, não consigo ir para o serviço. Ele sabia de todos os meus horários. A vida que eu tinha antes, por um tempo se cessou”, lamentou.

De acordo com a delegada, o homem foi indiciado pela prática de crimes de lesão corporal, injúria, injúria real e ameaça. Ela também solicitou à Justiça a prisão preventiva e, alternativamente, uma medida protetiva à jovem.

“Caso o juiz entenda que não há como [deferir a prisão preventiva], deferirá a medida protetiva”, disse.

A delegada ainda afirmou que as agressões que a jovem desferiu no homem nos vídeos foram consideradas legítima defesa.

Agressões por bluetooth da televisão

De acordo com o documento que indiciou o jovem, a briga entres foi iniciada após ele achar que ela teria conectado em sua televisão enquanto ele ouvia música.

“Mesmo tendo explicado que não era a ela a responsável, o rapaz continuou a acusá-la e terminou por ofendê-la com palavras como ‘vagabunda’ e ‘piranha'”, narrou.

No documento que indiciou o homem, a delegada ainda detalhou que o homem ainda cuspiu no rosto da jovem e a arrastou para a porta da casa dele.

Além disso, a delegada explica que quando a jovem tentou retornar à casa dela, o homem a agrediu com um soco nas costas. Após luta corporal com vizinhos que tentaram apartar as agressões, a delegada explica que o homem invadiu o apartamento da vítima e a agrediu na boca, fazendo com que ela cuspisse sangue.

“Como a Polícia Militar foi acionada, Gustavo fugiu dizendo que retornaria de posse de uma arma de fogo a fim de tirar a vida de todos”, complementou o documento.

À polícia, um dos vizinhos que entrou em luta corporal com o indiciado para tentar cessar as agressões contou ter tido que intervir fisicamente três vezes.

Sobre o motivo questionado pelo suspeito antes do início das agressões, a delegada afirma não ter sido provado que a menina estaria conectada na televisão dele.

“Eu acredito que fosse mentira dele. Na verdade, eles vinham discutindo antes e ele queria chamar a atenção dela. Ele usava o wi-fi dela. Até nisso ela o ajudava”, contou a delegada.

Ela ainda conta que o suspeito era brigado com “todos [os moradores] do prédio” e que só tinha a vítima como amiga no local.

Veja nota do indiciado na íntegra:

“Me acabei quando vi os vídeos que circulam na internet, eu ter uma vizinha que sinto um carinho, e por um simples surto psicótico, acontecer tudo isso. Como eu não me lembro de nada, não tenho o que me falar sobre o fato. Faço acompanhamento psiquiátrico há 5 anos por diagnóstico bipolar, se estivesse com minha total consciência jamais teria acontecido esse fato. Diante de tudo, peço perdão à suposta vítima, que a Justiça seja feita.”

Com informações G1 Goiás. (Adaptada)

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