Índice de queimadas já é 10% maior se comparado ao mesmo período do ano passado em Goiás

Estado já soma neste ano um total de 6.598 ocorrências. Em agosto de 2021, foram até o momento 2.208 contra 2.174 do ano passado

(Foto: Reprodução)

Dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, apontam que o índice de queimadas no estado já é 10% maior se comparado ao mesmo período do ano passado. Em agosto de 2021, foram até o momento 2.208 ocorrências, contra 2.174 de 2020, ou seja, cerca de 34 a mais. Neste ano, Goiás já soma um total de 6.598 ocorrências.

O Capitão Rogério Matos, do Corpo de Bombeiros alerta que o número pode aumentar já que o mês ainda não terminou. “Até agora em agosto de 2021 estamos com 2.208 ocorrências contra 2.174 que aconteceram em agosto do ano passado. Ainda não terminamos agosto, mas os números já superaram o ano passado”, disse em entrevista.

“Neste ano, nós estamos com acúmulo de 6.598 ocorrências até o momento. Já temos esse aumento calculado de janeiro até agosto, esse ano nós já superamos 10% a mais do que no ano passado, correspondente ao mesmo período de janeiro a agosto”, completou.

Preocupação com o tempo seco

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Goiás, alerta que pode haver registros de temperaturas recordes em setembro. Segundo o Capitão Rogério Matos, o período de estiagem que tem como agentes colaboradores a baixa umidade do ar, temperaturas elevadas e os ventos podem favorecer ainda mais os incêndios no estado e preocupa a corporação.

De acordo com Matos, mais de 90% dos incêndios são provocados pelo homem e alerta que colocar fogo em vegetação é crime. “Estamos com um índice de umidade muito baixo, com as temperaturas muito elevadas e a velocidade do vento muito maior, e com isso temos um índice de propagação de incêndio maior”.

“Temos trabalhado de forma preventiva, tanto com campanha educativa, que orientamos toda a população em relação as queimadas e pedimos que não provoquem nenhum tipo de queimadas em lote ou pastagens. Temos a operação Cerrado Vivo que vai de janeiro a dezembro e as forças-tarefas dentro da instituição, que são os efetivos empregados justamente para esse combate. Nesse momento temos uma força-tarefa na Chapada dos Veadeiros para preservar o parque, que é onde estamos com a maior incidência neste momento”, pontua.

Na avaliação do Capitão, a crise hídrica representa uma vertente desse tempo seco. “Representa uma vertente do período de estiagem que estamos vivendo agora” e completa que em caso de emergência a população deve ligar 193.

*Com informações do Jornal Opção

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