Idosa de 98 anos se cura da Covid-19 em Uberlândia; evolução no tratamento surpreendeu geriatra

Família disse que ela foi a única contaminada e ficou internada quase 30 dias. Médico que acompanhou a paciente reforçou sobre cuidados necessários após alta médica nesta idade.

Aos 98 anos, Carmélia Calegari contraiu o novo coronavírus e já está em casa após vários dias de tratamento — Foto: Prelo Comunicação/Divulgação

A alta médica de uma idosa de 98 anos, que ficou mais de três semanas internada em um hospital particular de Uberlândia para tratar da Covid-19, é celebrada entre médicos e familiares. A evolução e recuperação de Carmélia Calegari surpreendeu a todos, inclusive o geriatra que cuidou dela.

A idosa já está em casa há uma semana e recebe os cuidados pós-alta. O G1 conversou com a neta e também com o médico para saber sobre os sintomas e tratamento.

Thassyane Calegari contou que a avó sentiu falta de ar e teve saturação baixa em 13 de junho. Diante do quadro da matriarca, ela foi levada para o Hospital Santa Genoveva, onde testou positivo para o novo coronavírus.

“Todos nós da família estamos tomando os cuidados necessários desde o início da pandemia. Por isso, quando ela se queixou de dificuldade para respirar, logo nos apavoramos e corremos para o hospital. Lá ela foi muito bem atendida, a equipe médica nos informava de tudo o que estava ocorrendo. Minha avó foi a única que testou positivo para doença na família”.

De acordo com o médico geriatra que acompanhava a paciente, Tiago Ferrola, a idosa ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa da idade, mas apesar de ter quase um século de vida, ela não apresentava outros problemas de saúde.

“Por se tratar de uma paciente nonagenária, dona Carmélia demandou cuidados especiais com fisioterapeutas e medicamentos adequados. Isso foi importante para evitar outras comorbidades que poderiam prejudicar ainda mais a saúde dela, como uma pneumonia bacteriana e aumento de pressão arterial”, explicou o geriatra.
Foram 24 dias internada e ela teve alta em 6 de julho. Segundo Tiago, a evolução da idosa surpreendeu toda a equipe, porque normalmente a Covid-19 costuma ser mais grave em pacientes com mais idade e com acometimento pulmonar.

Ele contou que no hospital os idosos são a maior parte dos casos de internação, tanto em UTI, quanto na enfermaria. E reforçou que, os primeiros 30 dias após a alta hospitalar, eles precisam de acompanhamento rigoroso.

“Os idosos, principalmente os nonagenários, têm risco de complicações até mesmo após a alta hospitalar. As complicações infecciosas podem vir a acometer um pulmão que já ficou muito tempo inflamado pela infecção da Covid-19″, finalizou o geriatra.

Com informações do G1 Triângulo Mineiro

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