Saúde Mental Materna: por que é importante falar sobre e como a I Mobilização Catalana busca mudar essa realidade

A cidade de Catalão se prepara para receber a I Mobilização Catalana pela Saúde Mental Materna. A iniciativa faz parte de dois movimentos nacionais sem fins lucrativos, democráticos e apartidários, chamados Maio Furta-Cor e Mobilização Nacional pela Saúde Mental Materna. O objetivo é sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna, questionar os papéis, as crenças e os mitos que estruturam nossa visão sobre a maternidade e fomentar debates para mudar culturas.

A mobilização conta com diversas ações, como um simpósio na Universidade Federal de Catalão, nos dias 03 e 04 de maio, das 19:00 às 22:00. O evento acontece no Auditório Congadas, bloco L, é gratuito e emite certificado para os participantes. O público-alvo são estudantes, profissionais, mães, famílias e todos que se identificam com a causa.

Outra ação prevista é a Marcha Furta-Cor, que ocorrerá no dia 13 de maio, véspera do Dia das Mães, a partir das 09:00, com saída do Parque Calixto Abraão rumo à Praça Getúlio Vargas, passando pela 20 de agosto. O projeto de lei para criação no calendário oficial do município do Maio Furta-Cor também faz parte da mobilização, destinando todo mês de maio para falarmos sobre saúde mental materna. Além disso, haverá palestras em algumas instituições.

De acordo com a psicóloga de mães, Samara Pazeta, representante das campanhas em Catalão, a mobilização é uma iniciativa para conscientizar a população sobre a saúde mental materna. Pazeta, que é mãe e foi vítima de Violência Obstétrica, encontrou na sua dor a força para lutar por outras mães e trazer essas campanhas e conscientização para Catalão.

Dados alarmantes sobre a saúde mental materna no Brasil, como o crescimento dos casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães, têm chamado a atenção para a necessidade de discussões sobre prevenção e promoção à saúde mental. O Brasil apresenta taxas que variam em até 30% de depressão no período pós-parto, e estudos mundiais estimam que 3,7 mulheres se suicidam no pós-parto a cada 100.000 nascidos vivos (para fins comparativos, 1,92 mulheres morrem de hemorragia pós-parto na mesma proporção).

Por isso, a mobilização é um chamado para todas as mães e famílias para ir às ruas com a gente no dia 13 de maio e gritar por melhores condições de tratamento para gestantes, por menos violência obstétrica, por mais autonomia, respeito, informação e empatia. É uma oportunidade para que as mães tenham mais liberdade e menos preconceito para falar sobre as dores e as alegrias de ser mãe. Venha fazer parte desse movimento!