Suposto guia clandestino cobrava por carro e transporte a outros países, mas não pretendia atravessar pessoas nas fronteiras

Um homem foi preso suspeito de se passar por “coiote” para aplicar golpe contra vítimas em Cristalina, Goiás. Vale ressaltar que o termo “coiote” é usado para denominar um guia clandestino que transporta pessoas de forma ilegal para outros países.

Sabendo disso, o suspeito se aproveitou do objetivo das vítimas para tirar vantagem delas. Segundo a Polícia Civil, o homem cobrava por aluguel de carro e por outras etapas do transporte, mas nunca teve o intuito de atravessar aquelas pessoas pelas fronteiras desejadas.

De acordo com a investigação, a aproximação entre as vítimas e o suspeito aconteceu através de um grupo no WhatsApp. A delegada do caso, Amanda Menuci Petelinkar, explicou que uma família inteira pretendia sair do país. Eles encontraram o suspeito e começaram uma troca de conversas.

“Um dos familiares ficou desconfiado e logo cortou relações, mas o casal acabou sendo enganado pelo estelionatário”, disse a delegada.

Segundo a investigadora, logo de início a vítima pagava uma determinada quantia em dinheiro pelos procedimentos para a saída dela do Brasil. Mas, logo depois disso, o homem afirmava que não tinha um veículo para realizar o transporte. Logo, a vítima precisava lhe pagar ainda mais dinheiro para um suposto aluguel de automóvel.

Prejuízo

Ao todo, estima-se que apenas o casal tenha tido um prejuízo financeiro de R$ 14 mil. Mesmo depois de efetuar todos os pagamentos, a vítima nunca conseguia prosseguir com o combinado. Depois, o homem fugia com o dinheiro.

“Como o suspeito atraía as vítimas pelas redes sociais, estima-se que haja um grande número de pessoas lesadas. No entanto, formalmente, estamos trabalhando apenas com esse casal de vítimas. É importante outras eventuais vítimas procurem a polícia”, ressaltou a delegada.

Suspeito de se passar por “coiote” tem extensa ficha criminal

O falso coiote possui uma ficha criminal extensa segundo a polícia. Entre alguns dos antecedentes estão estelionato, furto e tráfico de drogas. Em um dos crimes ele chegou a ser condenado a 21 anos e 5 meses de reclusão.

O homem é natural do Pernambuco, mas residia em Minas Gerais. A prisão em flagrante, em Cristalina, foi convertida em prisão preventiva pelo Poder Judiciário. Portanto, agora, ele está recolhido no presídio de Cristalina.

*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.