Goiás: após decreto, previsão de retorno de aulas presenciais é adiada

Data anterior era 4 de agosto, mas novo prazo pode ser marcado para fim do primeiro período do isolamento intermitente. Secretaria de Saúde precisa validar retomada

O retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino, inicialmente previsto para o dia 4 de agosto, foi adiado por conta do decreto do governo de Goiás que instituiu o isolamento intermitente, com 14 dias de atividades suspensas seguidos de 14 dias de liberação. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), as aulas retornariam no primeiro dia útil após o fim do período de quarentena determinado. Mas para isso a pasta ainda precisa de uma ratificação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), por meio de nota técnica, além de um cenário de desaceleração no número de casos de coronavírus.

A Seduc segue a determinação, que entrou em vigor no dia 30 de julho. Pela regra do isolamento intermitente, o período de quarentena segue até o dia 13 deste mês, como o funcionamento apenas das atividades consideradas essenciais. Entre os dias 14 e 27, atividades econômicas e sociais ficam liberadas, mediante o cumprimento de normas sanitárias. Mas nessa data os estudantes e professores seguem no período de férias escolares.

Uma nova temporada de fechamento deverá ocorrer de 28 de julho a 10 de agosto. Com isso, o primeiro dia útil após o fim dos 14 dias de restrição será no dia 11 de agosto.

Durante live do jornal O POPULAR na tarde desta quinta-feira (2), a secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, explicou que o gabinete de crise instituído pela Seduc está montando um protocolo, documento exigido pelo Ministério da Saúde, com regras e procedimentos claros para o momento de retorno das aulas. “Uma hora vai ter que voltar, e para isso estamos elaborando há dois meses um protocolo. Esse protocolo pode sofrer alterações a qualquer momento a depender da análise da Secretaria de Saúde e da curva da evolução de casos.”

Gavioli destacou que o protocolo previa o retorno, de forma gradual, para o dia 4 de agosto. Com o decreto, o documento precisará ser alterado com a nova data. “O professor vai voltar dia 4 e permanecer em aula remota. Após os 14 dias, a gente começa com o recebimento de poucos alunos por dia.”

Sobre a crítica de pais que são contra o retorno, por conta dos riscos da pandemia, Gavioli defende que o retorno à sala de aula é necessário porque a legislação brasileira não dá condição de aproveitar o ano letivo de 2020 sem fazer a avaliação diagnóstica. “Eu só vou conseguir fazer isso quando eu levar o estudante para a escola. Não tem nada contra em permanecer o ano todo de forma remota, mas a lei não permite. Então eu tenho de trazer os meus meninos de volta para fazer uma avaliação diagnóstica e lançar as notas. Houve um investimento, houve uma dedicação, os professores se arrebentaram para poder se adequar a este novo modelo.”

Ano letivo

A secretária descarta a possibilidade de os alunos da rede estadual perderem o ano letivo. “Não existe essa chance em Goiás. Eu posso até diluir parte desse conteúdo em 2021, trabalhar este 2020 e 2021 lá na frente juntos. Pedir aos professores que no segundo semestre nós tenhamos aulas em alguns fins de semana, mas perder o ano letivo de jeito nenhum”, garantiu.

Enem

Apesar do período de férias, a Seduc transmite pela televisão, desde quarta-feira (1º), aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os vídeos do programa Goiás Bem no Enem, que foram ao ar em 2019, serão reprisados na TV Brasil Central, de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 15 horas.

“Nós estamos ofertando pela televisão aulas que poderão servir para reforço e complementação de conteúdos para os alunos da terceira série do ensino médio que quiserem fazer o Enem. Apesar do período de recesso e de descanso, eu acredito que a maioria desses alunos vá fazer questão de assistir a estas aulas”, disse Gavioli.

Com informações de O Popular

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