Festas de final de ano levam goianos viajantes a buscarem Três Ranchos e Caldas Novas como opção para curtirem o Natal ou Reveillon

À esquerda, Três Ranchos, a cidade do lago Azul. à direita, Caldas Novas, a cidade das Águas Quentes. (Reprodução da Internet)

Perfil do cidadão de Goiás que deve buscar refúgio de final de ano com amigos ou família tem poder aquisitivo de R$ 3.150,00, per capta, mas deve gastar entre R$ 1000 a R$ 1500 por gasto pessoal para curtir Natal ou Reveillon fora de Goiânia. Os dados são da Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo) em parceria com pesquisas realizadas com proprietários de grandes agências de turismo entrevistadas pela reportagem do site O Hoje.

No ranking das cidades mais procuradas pelo público que deseja degustar o típico e celebrativo espumante longe da Capital, estão Três Ranchos, Caldas Novas – Rio Quente; Pirenópolis, (muito próximo à procura por Caldas); Chapada dos Veadeiros e Cidade de Goiás junto com Corumbá. Depois, os destinos mais procurados são Minaçu e São Simão.

Lago Azul, Três Ranchos (Foto: Reprodução)

Para o Brasil, Porto Seguro lidera em número de procura por pacotes. Depois vem Florianópolis, seguido de Fortaleza, Maceió e Natal. Na rota internacional têm-se Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos e Europa.

Para Willer pontuações nos roteiros são importantes: “Pela questão financeira 70% gastam em Goiás, 25% prepararam destinos nacionais (com gastos de R$ 1500 a R$ 3000 mil por pessoa) e 5% para fora do país com gastos a partir de R$ 3 mil acima por cada viajante)”, explica.

De acordo com o diretor de uma companhia turística privada em Goiás, com mais de 18 anos no mercado, Willer Castro, as rotas goianas foram escolhidas pela maioria por questão da Covid – onde preferem reunir-se com a família, sem precisar fazer longas viagens. Outro fator é pontuado por questões financeiras, em face da crise econômica, por último, o quesito tempo. “Posso dizer que a pandemia trouxe uma certa desorganização turística para as pessoas. Isso porque muitos voltaram a trabalhar in loco e até mesmo as férias escolares que estão mais curtas. Em geral, os pacotes mais vendidos são de 5 a 8 dias no máximo”, diz.

Apesar das cidades não terem previsão de festejar a passagem do ano em locais por conta do grande público, quem deseja passear buscará refúgio nos hotéis. Roteiros que chamam a atenção pelo aumento da procura são a Chapada dos Veadeiros (pela boa estrutura hoteleira e cenário para ecoturismo singular; e a cidade de Corumbá – que recebeu bastante investimento para o turista com clubes, espaços para diversões aquáticas e restaurantes. E o destino para Cidade de Goiás fica por conta de quem deseja um final de ano celebrado com mais sossego e privacidade.

No relato da pesquisa de Goiás aponta-se que 56,3% dos viajantes são mulheres. 50,9% são viajam rotineiramente (não perdem um final de semana) e 65% preferem utilizar o carro para passear em Goiás. 32,5% costumam viajar em grupo. O perfil está na pesquisa elaborada com base em dados turísticos de Goiás. Dentre os dados importantes apurados 58,3% dos viajantes têm renda família de R$ 3.150,00.

Goianos passeiam mais

Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE de 2021 mostra que no Estado de Goiás houve crescimento do número de viagens superior à média nacional. Onde Goiás registra 14,5% de aumento de viajantes no pós – pandemia, contra 10,8% no Brasil.

Os dados foram consolidados pela Goiás Turismo, onde de janeiro a setembro, de 2021, o índice de atividades turísticas, no Estado de Goiás, mostrou expansão de 42,3%, frente a igual período do ano passado (janeiro a setembro).

Em nível nacional, foi observado um avanço de 19,9% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Uma das tendências apontadas pelas pesquisas do Observatório de Turismo da Agência é o turismo de proximidade, para destinos com até 300 quilômetros de distância da residência do viajante.

Apurou-se, também, que o segmento turístico, que faz parte da escolha mais frequente nas viagens a lazer dos respondentes, foi o praticado na natureza, apresentando um percentual de 36,2%, na preferência dos turistas.

Outro ponto importante e que comunga com a tendência de viagens de curta distância, é que 65% dos respondentes afirmaram que o principal meio de transporte utilizado nas viagens é o carro. No que se refere à atratividade, que motiva sua ida à região, o destaque é para as trilhas com rios e cachoeiras, com 65,6% das respostas.

Segundo o estudo, as estatísticas mostram que a recuperação do setor vem acontecendo a partir de iniciativas, como a preservação de empregos e empresas do setor, melhoria da estrutura e qualificação dos destinos, implantação de protocolos de segurança, além da promoção e do incentivo a viagens.

Perfil viajante Pós-Covid

O viajante 4.0 pós covid utiliza ainda mais sites, redes sociais, aplicativos e diversas plataformas digitais em toda a sua jornada de compra. O ambiente virtual é repleto de oportunidades para atrair, seduzir, engajar e converter clientes.

A pandemia acelerou a transformação digital em vários setores da economia, incluindo turismo e hotelaria. Neste contexto, a tecnologia assume papel ainda mais relevante no ecossistema da indústria de viagens.

Esse viajante está mais exigente e digitalizado. As empresas que querem destacarem-se no mercado devem inovar e acompanhar as tendências globais do setor”

A forma de viajar mudou completamente nos últimos anos, em função do perfil do novo viajante pós pandemia e também da oferta de serviços inovadores e disruptivos.

A pandemia do Coronavírus reconfigurou o mercado de turismo. Mudanças no perfil do viajante, bem como nos destinos e nas empresas turísticas, apontam o “Novo Turismo”, com características próprias.

A pandemia do Coronavírus reconfigurou o mercado de turismo. Mudanças no perfil do viajante, bem como nos destinos e nas empresas turísticas, apontam o “Novo Turismo”, com características próprias. O conceito de luxo mudou muito nos últimos tempos e vai muito além do valor material de um determinado serviço ou marca. As novas tendências para as viagens de luxo apontam para o viajante que prioriza experiências personalizadas, propósito e autenticidade.

 

(Por Alzenar Abreu – OHoje)

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