Estudo de vacina de Oxford contra a Covid-19 é pausado por possível reação adversa

Brasil participa do estudo através de parceria com a Fiocruz

Foto: Reprodução/ Estadão

O estudo da vacina da Universidade Oxford contra a Covid-19, no qual o Brasil participa através de parceria com a Fiocruz, foi pausado, segundo informações que a Stat, veículo especializado em saúde e tecnologia, recebeu da própria AstraZeneca. A informação foi posteriormente confirmada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Segundo o comunicado da farmacêutica, os testes da imunização foram paralisados para verificação de dados sobre segurança da vacina.

“Esse é um processo de rotina que precisa acontecer conforme sejam detectados potenciais problemas em um dos braços de teste”, afirma a AstraZeneca.

A Anvisa afirma que a decisão de pausar os estudos veio do laboratório, que em seguida, comunicou os países participantes. A agência aguarda mais informações para se pronunciar oficialmente.

A farmacêutica diz ainda que, em estudos com participação de muitas pessoas, como é o caso da fase três da vacina em questão, problemas de saúde ocorrerão aleatoriamente, mas tais casos precisam ser analisados por uma equipe independente.

O comunicado enviado a Stat também não deixa claro em qual braço do estudo ocorreu o evento, se não que recebeu a vacina ou no que recebeu placebo.

A pausa pode impactar o cronograma de conclusão do estudo. A farmacêutica afirma que está trabalhando para revisar o evento encontrado e minimizar qualquer potencial impacto nos prazos inicialmente programados.

A Folha procurou representantes da AstraZeneca no Brasil, mas ainda não teve retorno.

Nesta terça (8), o ministro interino da saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que “em janeiro do ano que vem, a gente começa a vacinar todo mundo”. Segundo o ministro Pazuello, a previsão era que a vacina chegasse ao governo brasileiro no mês em questão.

Também nesta terça, diversas farmacêuticas, entre elas a AstraZeneca, afirmaram em um comunicado que se comprometem a manter os padrões de integridade do processo científico enquanto se encaminham para possíveis aprovações das primeiras vacinas contra a Covid-19.

Assinam o comunicado também a Pfizer, GlaxoSmithKline, Johnson & Johnson, Merck & Co, Moderna, Novavax, Sanofi e BioNTech.

Com informações de O Popular

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