Emocionado, Washington pede por justiça após assassinato da cabeleireira Valéria Rodrigues de Souza Leão, “Pior de tudo foi dar a notícia para minha mãe“, disse o irmão

Washington Rodrigues de Souza, 43 anos, irmão da cabeleireira Valéria Rodrigues de Souza Leão, 42 anos, vítima de feminicídio na madrugada desta sexta-feira, 21, em Catalão, falou sobre o relacionamento conturbado que sua irmã mantinha com o suspeito do crime. Segundo ele, a situação entre os dois era marcada por brigas e violência, e Valéria chegou a solicitar uma medida protetiva. Infelizmente, a medida não foi suficiente para impedir a tragédia (assista entrevista abaixo).

Ao acordar cheio de mensagens preocupantes no seu celular, Washington foi informado sobre o assassinato de sua irmã. Ele relatou que ficou em choque e se esforçou para buscar informações sobre o ocorrido, até que encontrou a notícia no aplicativo de mensagens Zap Catalão. Ao chegar à casa da vítima, viu suas coisas arrumadas, o salão e o carro de trabalho, e decidiu levar os três filhos de Valéria para a casa da mãe.

Questionado sobre o que espera a partir de agora, Washington respondeu: “Justiça, né cara? Justiça!”. Seu relato emocionado expõe a dor e a revolta da família diante de um crime brutal que abala toda a cidade. A Polícia Militar de Goiás e Minas Gerais agiram com rapidez e eficiência na prisão do suspeito, mas a família de Valéria, assim como muitas outras vítimas de feminicídio, clama por medidas preventivas que garantam a segurança das mulheres e a punição rigorosa dos agressores.

O crime

Valéria Rodrigues de Souza Leão, de 42 anos, foi encontrada morta na madrugada desta sexta-feira, 21, vítima de um brutal feminicídio na cidade de Catalão. O suspeito do crime é seu ex-companheiro, um homem de 58 anos que possuía medida protetiva contra ele. Ele foi preso em flagrante pela polícia após confessar o crime e fugir para Minas Gerais, onde foi capturado nas proximidades da região dos Lourenços na BR-050 durante retorno para Catalão. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Catalão.