Aura Coimbra foi diagnosticada com câncer de intestino em 2017, mas exame de DNA concluiu que amostra era de um homem e não dela. Mulher disse que gastou mais de R$ 30 mil em exames e viagens e cobra reparação na Justiça.
Aura Coimbra foi diagnosticada com câncer de intestino em 2017, mas exame de DNA concluiu que amostra era de um homem e não dela. Mulher disse que gastou mais de R$ 30 mil em exames e viagens e cobra reparação na Justiça.
Uma enfermeira de Catalão passou por um tratamento de câncer sem nunca ter tido a doença. Isso aconteceu porque os exames dela foram trocados com outro paciente. O caso aconteceu em abril de 2017 e, até hoje, a enfermeira não conseguiu descobrir quem seria a outra pessoa.
Aura Coimbra entrou na Justiça para cobrar uma indenização pelos danos que teve desde o diagnóstico incorreto da doença. Ela disse que gastou mais de R$ 30 mil em viagens e exames médicos, além do desgaste emocional. A enfermeira também tentar localizar, por meio de ação judicial, quem é o paciente correto.
“Ainda gera uma ansiedade em mim, uma preocupação em relação ao paciente que se encontra doente, se ele teve o diagnóstico correto, se ele teve o tratamento adequado. Ainda é uma preocupação minha porque eu não tive condições de encontrá-lo”, disse.
Exames trocados
O exame começou a ser feito em um hospital de Uberlândia, mas foi concluído em uma clínica de Catalão. Aura recebeu o resultado no dia 25 de abril de 2017, quando se surpreendeu com o diagnóstico de câncer no intestino. A enfermeira repetiu o exame em três laboratórios diferentes e, com o resultado da doença, deu início ao tratamento.Aura passou por 70 dias de tratamento e estava até com data marcada para realizar a cirurgia de retirada de parte do intestino. A enfermeira só não chegou a ser operada porque um médico especialista desconfiou do diagnóstico, já que esse tipo de câncer é bastante raro em pessoas mais jovens.
A enfermeira decidiu fazer um exame de DNA Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Foi aí que ela descobriu que nunca teve a doença e que os exames foram trocados. A equipe chegou à conclusão de que a amostra do organismo com câncer não era de Aura e sim de um homem.
“Eu já estava fazendo os exames pré-operatórios. Quando saiu o resultado do DNA faltavam 10 dias para realização do procedimento cirúrgico”, comentou.
A reportagem procurou o hospital de Uberlândia onde o exame teve início, a clínica de Catalão que entregou o resultado errado e o médico responsável pelo laudo, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
Fonte G1 Goiás
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