Empresária que desmaiou após levar tapa de policial diz estar traumatizada: ‘Medo’

Mulher contou ter sido agredida por estar filmando o marido ser preso por desacato e que PM pegou o celular dela para apagar a gravação, em Anápolis. Agente foi afastado. 

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A empresária de 35 anos que desmaiou após levar um tapa de um policial militar disse que está traumatizada depois do que aconteceu, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. As imagens mostram um tumulto perto da mulher, que é agredida e cai no chão logo em seguida.

“Medo, porque eu tenho medo pelos meus filhos, pela minha família”, disse a mulher, que não quis se identificar.

Como o nome do policial não foi divulgado, até a última atualização desta reportagem, a reportagem não havia conseguido localizar a defesa dele para que se posicionasse.

Em nota enviada a reportagem, a PM informou que não compactua com tal desvio de conduta, que determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) e que afastou o policial militar da função operacional até o final da apuração.

O caso aconteceu na segunda-feira (19). A mulher explicou que a confusão começou porque o marido dela, que trabalha com a venda de verduras, foi ao Ceasa, no Setor Sul Jamil Miguel, cobrar uma dívida de cerca de R$ 20 mil. O homem falou que subiu na cabine do caminhão do devedor para cobrá-lo.

O casal afirmou que o devedor resolveu chamar a polícia. A mulher disse que foi agredida porque estava filmando o marido ser preso e que o PM tomou o celular dela para apagar o vídeo.

“Ele [o policial] falou que não era pra eu filmar, foi lá e apagou a filmagem. Logo em seguida outro policial veio até mim, me mandou calar a boca, me xingou de vários nomes e falou que, se eu não calasse a boca, que ele ia me dar um tapa na cara”, contou a empresária.

“Ele não poderia ter feito isso, ainda mais por eu ser mulher. Eu errei em ter falado, mas ele errou muito mais em me dar o tapa”, finalizou a mulher.

O marido da vítima foi encaminhado à delegacia. Por conta da briga, o homem prestou depoimento e pode responder por desacato.

A Polícia Civil informou que, como o crime aconteceu com o policial em serviço, o inquérito deve transcorrer na Polícia Militar, por se tratar de um crime militar.

Com informações G1 Goiás.

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