Dono da loja Tesoura de Ouro é preso suspeito de participar de esquema de sonegação de R$ 45 milhões no DF

Empresas estavam em nome de laranjas, segundo Polícia Civil; agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária. A reportagem tenta posicionamento da empresa.

Operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (11), no DF — (Foto: PCDF / Reprodução)

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), uma operação contra um grupo suspeito de cometer crime contra a ordem tributária e sonegar R$ 45 milhões em impostos. O dono da marca de varejo Tesoura de Ouro foi preso, segundo apurações. A reportagem tenta contato com a empresa.

De acordo com as investigações, o grupo usou, pelo menos, 123 empresas fictícias ou de fachada para a emissão de notas fiscais fraudulentas. O objetivo era evitar o pagamento de impostos. Essas empresas estavam em nomes de laranjas, que viviam rotinas que não condiziam com os valores milionários movimentados pelas empresas, segundo a Polícia Civil.

“Vale destacar que em relação a um único funcionário, que tinha a função de motorista, foram identificados 47 CNPJs vinculados a seu nome”, apontam os investigadores.

A Polícia Civil aponta ainda que o grupo tinha mais de 60 empresas funcionando efetivamente. Segundo as investigações, recursos obtidos de maneira ilegal eram “mesclados” com os obtidos legalmente nessas empresas para disfarçar os crimes.

Os agentes cumpriram 26 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária nas seguintes regiões:

  • Sudoeste;
  • Águas Claras;
  • Vicente Pires;
  • Núcleo Bandeirante;
  • Taguatinga;
  • Recanto das Emas;
  • Ceilândia;
  • Planaltina de Goiás (GO);
  • Cidade Ocidental (GO).

Os alvos podem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Se condenados, podem pegar até 28 anos de prisão.

A operação desta quinta é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR).

Com informações G1 Distrito Federal.

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