Dicas de saúde íntima, com a Dra. Débora Machado

Para que tenhamos saúde íntima, é necessário um conjunto de fatores diários, além da higiene íntima, ajudando a manter doenças e desconfortos longe. Com a correria do dia a dia, nós acabamos deixando de lado alguns cuidados corretos com a vagina.

Aqui vão algumas dicas práticas e cuidados importantes:

. Lavar a região genital após o sexo: durante a relação sexual, a região íntima fica mais exposta à bactérias e substâncias microscópicas. Esses componentes podem irritar a vagina e até provocar infecção. Pensando nisso, fazer xixi e a lavagem do local ajuda a eliminar as bactérias na uretra. Água corrente ou sabonetes íntimos com Ph entre 3,8 e 4,2 são os mais indicados.

. Depilação: os pêlos pubianos são uma barreira de proteção da região íntima, assim como os pêlos do nariz protegem e filtram a entrada de microrganismos nocivos quando inspiramos. Eles contribuem para o bloqueio da entrada de microrganismos nocivos para a região íntima. Sem os pêlos, a pele deste local fica em contato direto com a calcinha, sabonete. Então, o ideal, é que apare esses pêlos, deixando a região limpa e protegida. A depilação completa pode até ser feita, mas o ideal é que deixe os pêlos aparados, principalmente ao redor do canal vaginal e anal e a depilação no monte púbico.

. Ficar de olho na calcinha: muitas mulheres têm dificuldades de diferenciar secreção vaginal de corrimento. A secreção serve como um lubrificante, contém microrganismos benéficos que protegem a região íntima, assim como a secreção em outras cavidades protegem o nariz, boca e orelha. A secreção é clara, transparente, sem cheiro, não arde e não causa irritabilidade. No período ovulatório, é comum sentir aumento da secreção vaginal. Já o corrimento vaginal tem aspecto grumoso ou fluido, cheiro desagradável, desconforto, ardência, dor ao urinar, dor na relação sexual, dor pélvica, vermelhidão na vagina, fissura. Então, o corrimento pode ser sinal de processo inflamatório e infeccioso da vagina e/ou colo do útero e deve-se procurar ajuda médica.

. Calcinhas de algodão e roupas folgadas: a região íntima precisa de ventilação. Alguns fungos como Candida Albicans que provocam candidíase e outras bactérias e infecções decorrentes disso. Eles só precisam de um local quente, úmido e escuro para se proliferar descontroladamente. Por isso, optar pelas calcinhas de algodão é uma ótima escolha. O material seca rápido e permite que o ar passe livremente pelo local. Isso também vale para a s roupas folgadas. Prefiram tecidos leves ou vestidos e saias com maior frequência no lugar de calças jeans skiny. Para quem tem dificuldade de usar roupas leves, pode estar optando por ficarem sem calcinha, para que ventile normalmente enquanto repousa a noite.

. Auto conhecimento: é absurdo o que as pesquisas mostram. É um enorme número de mulheres que nunca viram suas vaginas. Sabem como uma vagina é, mas nunca viram as próprias. Somos ensinadas de que nossas vaginas são feias e cheiram mal. Na verdade, nossa vagina é linda, cada uma de uma forma diferente. Se auto conhecer é o caminho para identificar possíveis doenças precocemente como verrugas que podem ser indícios do Papiloma Vírus Humano (HPV) e o caminho para desenvolver uma sexualidade saudável.

. Ginástica Íntima: O objetivo dos exercícios da ginástica íntima é fortalecer a região pélvica de homens e mulheres. A prática é recomendada para mulheres e homens de todas as idades e não existem contra indicações, pelo contrário, a ginástica íntima é indicada para tratamento e prevenção de muitos problemas relacionados a saúde íntima da mulher e do homem, como frouxidão vaginal, vaginismo, anorgasmia, incontinência urinária, disfunção erétil, ejaculação precoce, potencialização do orgasmo, além de melhorar a lubrificação e excitação. Atualmente, temos o neopompoarismo, que foi reformulado cientificamente pelo cientista e fisioterapeuta pélvico Dr. Gustavo Latorre, com o objetivo de potencializar o desempenho na relação sexual. Antes de sair por aí fazendo exercícios de contrai e relaxa, que em muitos casos, podem piorar e/ou causar disfunções na região pélvica, procure um fisioterapeuta pélvico para fazer uma avaliação minuciosa e prescrever exercícios corretos individualizados. 

Dra. Débora C. Machado Gabriel
Fisioterapia Pélvica e Obstétrica / Doula Neopompoarismo
CREFITO MG e GO 234505 / ABFP 339
Consultório Fisio Íntima
Av Farid Miguel Safatle, 162, Centro
Contato: (64) 98109 0267
Email: [email protected]

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