Corte no ICMS de energia elétrica dará tranquilidade ao cidadão de baixa renda, garante Caiado

Durante live transmitida pelos veículos da ABC, governador e vice Lincoln Tejota relataram preocupação com crescimento da curva da Covid-19 em Goiás, que já ultrapassa mil casos

(Foto: Divulgação)

Em mais uma ação focada na população em situação de vulnerabilidade social, o governador Ronaldo Caiado confirmou, nesta quarta-feira (6/5), que o Governo de Goiás concederá isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na energia elétrica para o consumidor de baixa renda. A medida valerá entre 1º de maio e 30 de junho, e tem como objetivo reduzir os impactos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus. “Esses cidadãos terão a tranquilidade de manter sua energia”, ressaltou, uma vez que a conta será quase zerada.

Os detalhes foram repassados por Caiado durante uma live aos veículos de comunicação da Agência Brasil Central (ABC), da qual também participou o vice-governador, Lincoln Tejota. “Não tem sentido, numa crise como essa, o cidadão de baixa renda pagar ICMS na sua conta de luz”, disse o governador. Segundo ele, o corte do imposto garantirá dignidade às pessoas mais vulneráveis nesse momento de dificuldade financeira. Terão direito ao benefício os consumidores que se encaixam na “subclasse Residencial de Baixa Renda” da tarifa social.

Tejota disse que iniciativas como essa, de zelar pelos cidadãos que mais precisam, evidenciam o perfil que Caiado tem de traçar uma linha de ação entre gestão e humanidade. “Estamos vivendo momento de desafio que requer pessoas de coragem à frente. E, diante desse momento difícil, Caiado é um homem que preza pela ciência, por dados científicos [na tomada de decisões]”, observou.

O vice disse acreditar que, passada toda essa crise, Goiás terá um legado de união, solidariedade, esforço e avanço nos resultados da gestão pública. Como exemplo, mencionou a força de trabalho criada a partir do programa Goiás de Resultados, comandado por ele, com foco na pandemia, que oferece oportunidade de emprego à população carcerária. “Desta forma, os detentos podem contribuir com trabalho social na confecção de equipamentos de proteção individual, voltados para a saúde e segurança”.

*“Não se pode vulgarizar óbitos”*
Ao apresentar os números atualizados sobre a pandemia em Goiás, o governador confessou estar triste e preocupado com o comportamento dos goianos diante da recomendação do isolamento social. Mencionou cidades como Belém, Manaus e Fortaleza, cujo sistema de saúde atravessa um momento difícil, e que tem lutado para que o Estado não passe pela mesma situação. “Fico impressionado de ver que as pessoas não estão levando a sério. Muito triste imaginar que podemos ver em Goiânia o que estamos assistindo em outras capitais”, lamentou.

Nesta quarta-feira (6/5), o boletim da Secretaria de Estado da Saúde indica 1024 casos confirmados de Covid-19, sendo 45 óbitos. Caiado observou que a curva epidemiológica tem crescido com mais força nos últimos dias, refletindo o aumento de aglomerações. Em março, Goiás chegou a ser líder nas medidas de isolamento social, e atualmente está entre os últimos Estados. “Isso é péssimo. Será possível que vamos ter que tomar medidas restritivas de novo para recuperarmos essa situação?”, questionou, pedindo ponderação às pessoas.

O governador reforçou que a Polícia Militar está nas ruas fiscalizando estabelecimentos, em parceria com a Vigilância Sanitária. Aqueles que descumprirem as normas de proteção previstas em decreto perderão o alvará de funcionamento. Lincoln complementou que vem dialogando com prefeitos, pedindo atenção para a atual realidade da pandemia, e que não é hora para agenda política, apesar da proximidade das eleições. Também disse que o Estado deseja retomar a capacidade econômica, mas não é possível fazer isso sem vencer o novo coronavírus antes. “Temos que sobreviver a esse momento”, frisou.

Caiado prestou condolências aos familiares das 45 vítimas do novo coronavírus em Goiás. Afirmou que não se trata de matemática, mas de pessoas. “Não podemos vulgarizar o óbito. São pessoas que estão fazendo falta, e famílias estão de luto. Aquela pessoa se chamava Maria, Pedro, Joana, Antônio. Era mãe, filho, pai, avô de alguém. São vidas humanas, e isso temos que entender nesse momento.”

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