Catalão: John Deere demite cerca de 85 funcionários, diz sindicato

Demissões foram anunciadas na manhã desta terça-feira (17)

(Foto: Divulgação John Deere)

A empresa John Deere, que possui aproximadamente 1.100 funcionários na sua fábrica de máquinas e equipamentos e implementos agrícolas em Catalão, começou a demitir funcionários da linha de produção na manhã desta terça-feira (17).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat), Carlos Albino, a empresa John Deere estará dispensando 85 funcionários. O motivo da demissão é a redução de aproximadamente 30% da produção, ou seja, cerca de 850 máquinas pulverizadoras (tipo “gafanhoto”) por ano, que equivale a quase R$ 2,5 bilhões que a empresa deixará de produzir em 2023. O Sindicato alega que a John Deere informou que houve queda nas vendas de máquinas e impôs à empresa um ajuste no quadro de colaboradores da fábrica de Catalão.

A previsão é que até na manhã desta quarta-feira (18) haja acordo firmado entre o Simecat e a John Deere. Neste acordo, Carlos Albino adiantou a proposta em que a empresa estará pagando R$ 3 mil para cada funcionário fazer qualquer curso profissionalizante no SENAI.

Ainda, o sindicalista antecipou que mesmo diante da demissão em massa, o sindicato conseguiu reduzir de 130 para 85 funcionários. E que está tentando junto à direção da empresa, negociar para que não haja nenhuma futura dispensa de colaboradores.

Ouça o áudio de Carlos Albino ao Zap Catalão:

Veja o informativo enviada à Imprensa:

NOTA DO SIMECAT SOBRE DEMISSÕES DA JOHN DEERE

O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) lamenta profundamente as 85 demissões ocorridas na manhã desta terça-feira (17), na John Deere. O presidente do SIMECAT, Carlos Albino de Rezende Júnior, informa que a empresa, no início de dezembro, comunicou ao sindicato que demitiria 200 trabalhadores, alegando que haveria redução de 30% no volume de pulverizadores fabricados de 2022 para 2023. A queda seria de 2550 para cerca de 1700, ou seja, 850 equipamentos deixariam de ser produzidos. Somente no ano passado, quando a produção atingiu esse número, um dos maiores desde 2017, foram contratadas 400 pessoas para atender a demanda.

Desde então, várias reuniões foram realizadas entre SIMECAT e John Deere e o sindicato sugeriu medidas para evitar a demissão em massa, como a implantação de layoff e utilização do banco de horas. Mesmo não havendo um consenso, a empresa baixou o número de demissões, de 200 para 130, e nesta terça-feira (17), 85 trabalhadores foram desligados. Carlos Albino afima que conseguiu que a empresa não demita mais 45 colaboradores, com a mudança de funções e utilização do banco de horas, o que totalizaria os 130 desligamentos previstos,

O SIMECAT continua em reunião com a John Deere, para tentar conseguir algum benefício para os 85 trabalhadores demitidos.

Confira o posicionamento da John Deere

A John Deere informa que finalizou contratos de trabalho com prazo determinado e realizou ajustes no quadro de funcionários de sua fábrica em Catalão (GO). Tais medidas se fizeram necessárias por conta da atual demanda de mercado relacionadas à produção de colhedoras de cana e pulverizadores. O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) foi comunicado e o processo está transcorrendo de forma transparente.

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