Caiado admite que pensa em “fechar tudo de novo” após tumultos em Goiânia

(Foto: Secom/Governo de Goiás)

Após episódios de tumultos e aglomerações, principalmente no transporte coletivo de Goiânia, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse que pensa em “fechar tudo de novo”  como medida de enfrentamento ao novo coronavírus. A afirmação, em referência ao decreto que flexibilizou parte das atividades no Estado, foi feita nesta sexta-feira (24) em entrevista à TV Anhanguera.

Antes da entrevista, o Jornal Anhanguera 1ª Edição (JA1) apresentou imagens de plataformas de embarques e ônibus lotados nesta manhã. Também mostrou protestos realizados ontem por passageiros devido ao longo tempo de espera nos pontos do transporte coletivo. Questionado pela jornalista Giovana Dourado se a situação era preocupante, o governador foi enfático: “Estou muito preocupado”.

Caiado destacou que o índice de isolamento de Goiás, que chegou a ser o primeiro no País com uma taxa de 66,4% da população ficando em casa, agora caiu para 42,5%. Ele advertiu a população para “não jogar por terra” o esforço que feito para conter o avanço da pandemia. “Não brinquem”, alertou.

Desde o decreto de flexibilização, publicado na noite do último domingo (19), os prefeitos goianos passaram a ter autonomia para definir as medidas de combate ao avanço da Covid-19. Na quarta-feira (22), o POPULAR publicou um levantamento mostrando que 80% dos municípios haviam liberado comércios e atividades sociais. Durante a entrevista à TV, Caiado criticou, sem citar nomes, a “disputa para saber quem libera mais” por parte de alguns gestores municipais.

O governador destacou que não há leitos de UTIs suficientes para um aumento exponencial no número de casos, principalmente no interior. “Se acontecer algo aí na sua cidade vai fazer o quê?  Mandar para Goiânia? Transporte de ambulância não vai resolver o problema da sua cidade.”

Caiado disse ainda que, apesar da estadualização de hospitais municipais e a construção de unidades de campanha com leitos dedicados a pacientes com Covid-19, o Estado ainda não conseguiu adquirir os equipamentos necessários para atender os casos mais graves da doença, que são os repiradores e monitores. “Águas Lindas está praticamente pronto, mas tem só os tubos lá”, disse em relação à falta dos ventiladores mecânicos, que estão em processo de compra.

Com informações de O Popular

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