Brasil joga mal, empata com a Jamaica e se despede da Copa do Mundo, a última de Marta

Com a camisa 10 de titular, equipe de Pia Sundhage cai ainda na fase de grupos, o que não acontecia desde 1995

(Foto: Thais Magalhães / CBF)

A Seleção Brasileira está eliminada da Copa do Mundo Feminina de 2023. Com o empate sem gols desta quarta-feira (2), contra a Jamaica, em Melbourne, a equipe de Pia Sundhage se despede do Mundial ainda na fase de grupos, o que não acontecia desde 1995.

DECEPÇÃO

Acabou a Copa do Mundo Feminina para o Brasil. Com dificuldades na construção de jogadas, a Seleção fez seu pior jogo no torneio e se despediu ainda na fase de grupos, com um empate sem gols com a Jamaica, em Melbourne, na Austrália. Foi a terceira vez que a equipe caiu na primeira fase, repetindo o que aconteceu nas duas primeiras edições do Mundial, em 1991 e 1995.

DIFICULDADE

O Brasil precisava da vitória para se classificar sem depender do resultado do jogo entre França e a já eliminada Panamá. Depois de um primeiro tempo esforçado, mas de muitos erros de passe e de uma insistência em cruzamentos, a Seleção voltou do intervalo pior. Com afobação, penou diante do ferrolho jamaicano e não ofereceu perigo à goleira adversária.

A técnica Pia Sundhage também demorou para mexer no time – somente com uma tripla substituição aos 35 minutos da segunda etapa, após ter feito uma alteração no intervalo. A goleada francesa sobre as panamenhas, após o apito final em Melbourne, confirmou a eliminação brasileira.

ADEUS

Marta foi relacionada pela técnica Pia Sundhage como titular e capitã da Seleção. Ficou em campo até os 35 minutos do segundo tempo e não conseguiu balançar a rede. Depois da eliminação, a camisa 10 afirmou que essa foi a última Copa do Mundo Feminina na carreira, ela dá adeus ao torneio como a maior artilheira da história dos Mundiais (de homens e mulheres) com 17 gols, mas sem nenhum título.

O mais perto que a Rainha do Futebol chegou de uma conquista foi em 2007, quando o Brasil ficou com o vice-campeonato contra a Alemanha. Ao todo, ela disputou seis Copas e só não marcou gols na atual edição.

“É difícil falar. Não era nos meus piores pesadelos a Copa que eu sonhava. O povo brasileiro pedia renovação, está tendo a renovação, a única velha sou eu e talvez a Tamires perto de mim. A maioria do time é de meninas talentosas com caminho enorme pela frente. Termino aqui, mas elas continuam”, afirmou Marta na saída do gramado.

Com o empate, a Jamaica garantiu o segundo lugar do grupo F com 5 pontos, um a mais que o Brasil, e se classificou às oitavas de final. A França, que venceu o Panamá por 6 a 3 no outro jogo do grupo, passa na primeira colocação, com 7.

A Seleção Brasileira foi superior às jamaicanas durante toda a partida, mas não conseguiu transformar essa superioridade em gols.

Diante de uma adversária com postura bastante defensiva, as comandadas de Pia cercaram a área da goleira Spencer. Contudo, os equívocos na tomada de decisão no momento de concluir as jogadas custaram caro.

Em três confrontos contra a Jamaica na história, este foi o primeiro em que o Brasil não conseguiu marcar.

A eliminação precoce é também o pior desempenho da técnica Pia Sundhage em Copas do Mundo. Em 2011, no comando dos Estados Unidos, a treinadora sueca levou as norte-americanas ao vice-campeonato — o Japão ficou com o título. Já em 2019, à frente da Suécia, Pia levou a equipe de seu país às oitavas de final, quando caiu para a Alemanha.

BOLA PRA FRENTE 

Com 4 pontos, o Brasil ficou em terceiro lugar no grupo F. Invictas na primeira fase, a França e a Jamaica conquistaram as vagas nas oitavas de final, com 7 e 5 pontos, respectivamente. Confira a tabela completa da Copa do Mundo Feminina.

Com informações GE Globo e CNN Brasil. (Adaptada)

Comentários