Após articulação do MPGO, mulher sequestrada em 2017 reencontra a família em Rio Verde

Mulher e criança receberam apoio da rede e voltaram para a família

Mulher e criança receberam apoio da rede e voltaram para a família

O Ministério Público de Goiás (MPGO) promoveu, na última semana, o reencontro de uma mulher que foi sequestrada em 2017 com sua família, que vive no Mato Grosso do Sul. A descoberta do caso ocorreu após a promotora de Justiça Renata Dantas de Morais e Macedo, da 8ª Promotoria de Rio Verde, ter feito o acompanhamento da situação da filha da mulher, de 2 anos, que não possuía registro de nascimento.

Em razão da inércia da família para efetuar o registro da criança, a rede de proteção foi acionada pelo MP e constatou a situação de vulnerabilidade social das duas. Também foi identificado que a mãe tinha deficiência intelectual (os nomes não são mencionados para preservar a família).

A criança foi, então, acolhida pelo Estado, que efetuou seu registro e vacinação. Posteriormente, a rede de apoio começou a trabalhar com a família para retirá-la da situação de vulnerabilidade. Entretanto, deparou com a resistência do pai em passar informações e documentos.

A situação causou desconfiança na promotora, que iniciou uma investigação e identificou um processo no Mato Grosso do Sul, por um crime sem gravidade, que não exigia a decretação da prisão.

A partir de então, a criança e a mãe, que estava grávida, receberam acompanhamento médico. Prosseguindo a investigação, a promotora solicitou auxílio do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos em Goiás (Plid) do MPGO e da Área da Infância do MP de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS), para encontrar informações sobre um possível desaparecimento ou sequestro da mulher, ou alguma informação sobre o pai da menina. Com as investigações, apurou-se que o pai da criança sequestrou a mulher em 2017, em Mato Grosso do Sul.

Rede estruturou apoio para a mulher e a criança

A partir daí, o abrigo onde estava a menina conseguiu localizar a família e iniciou um processo de preparação para que a mulher não sofresse forte abalo emocional, considerando-se que ela estava no último mês de gestação e poderia ter desenvolvido a síndrome de Estocolmo (quando a vítima de sequestro cria uma ligação sentimental com o sequestrador).

Em conjunto com a Polícia Civil de Rio Verde, foi verificada a possibilidade de prisão do autor do sequestro em uma oportunidade em que a mulher não estivesse próxima. Com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, foi articulada a vinda da família da mulher e, com a rede de apoio, o atendimento psiquiátrico e médico para a viagem de retorno àquele Estado.

A família chegou a Rio Verde em novembro e prestou depoimentos na Delegacia de Proteção à Mulher, que efetuou a prisão em flagrante do autor. Visando poupar a mulher, ela foi encaminhada ao abrigo para acompanhar a filha, ocasião em que ocorreu o reencontro da família.

As duas voltaram com os parentes para Mato Grosso do Sul. A criança ficou sob a guarda legal da tia, que auxiliará a mãe nos cuidados, diante da sua deficiência. A família contará, agora, com o apoio da assistência social daquele Estado.

(Texto: Stella Gontijo/Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Supervisão: Ana Cristina Arruda)

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