Jornada nacional do MCP reúne mais de 250 famílias em Anápolis e cobra fortalecimento da agricultura familiar e justiça climática

Entre os dias 19 e 22 de maio, o Movimento Camponês Popular (MCP) promove uma série de mobilizações em sete estados brasileiros para reivindicar moradia rural digna e fortalecer a agricultura camponesa. Em Goiás, uma das principais ações aconteceu nesta quinta-feira (22), com a ocupação da agência da Caixa Econômica Federal no Centro de Anápolis por mais de 250 famílias camponesas de diversas regiões do estado, incluindo Catalão e Davinópolis.
Ao todo, três ônibus partiram de Catalão levando agricultores para o ato. Além da mobilização em Anápolis, outras 150 famílias ocuparam a agência da Caixa em Posse, no nordeste goiano. A principal pauta é a contratação imediata de moradias para famílias do campo, demanda que o MCP considera urgente diante da precariedade habitacional nas áreas rurais.
A mobilização integra a jornada nacional de lutas do movimento, que também ocorre no Pará, Maranhão, Piauí, Sergipe, Pernambuco e Minas Gerais. A ação denuncia a lentidão do governo federal na implementação de políticas voltadas à moradia rural e cobra o lançamento de um novo programa habitacional para o campo, além de medidas estruturantes que garantam soberania alimentar e justiça ambiental.
Propostas para o campo
O MCP apresentou um conjunto de propostas articuladas em 11 eixos temáticos, que incluem:
- Moradia camponesa: contratação de casas e criação de um novo programa de habitação rural.
- Reforma agrária popular: destinação de terras griladas e desmatadas para assentamentos e regularização fundiária.
- Sementes crioulas e agrobiodiversidade: proteção dos bancos comunitários e combate aos transgênicos.
- Justiça climática: combate ao desmatamento, incentivo à transição energética e participação popular na COP 30.
- Produção agroecológica: financiamento específico, acesso a maquinário adaptado, criação de polos tecnológicos e fortalecimento da Conab.
- Cozinhas Solidárias: ampliação das cozinhas em territórios camponeses para garantir segurança alimentar.
- Direitos sociais no campo: previdência rural, combate à violência contra mulheres e fortalecimento da educação do campo.
- Banimento de agrotóxicos: retirada de substâncias já proibidas em outros países e implantação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (PRONARA).
- Assistência técnica e agroecologia: fortalecimento da ATER pública e reorientação da pesquisa da Embrapa para a realidade camponesa.
Em nota, o movimento afirmou que a jornada é um passo decisivo para “colocar a produção camponesa no centro da reconstrução de um Brasil com justiça social e climática”, e reforça o compromisso com o combate à fome, a democratização do acesso à terra e a preservação dos biomas brasileiros.
Para mais informações, o MCP disponibiliza contatos diretos com lideranças do movimento:
Sandra Alves – (64) 98112-5736
Mariene – (62) 99920-6472
Zilda – (62) 98112-2950
Lucas – (64) 98127-4212
Instagram: @mcpbrasil | @mcp-goias