Lula legitima greve, mas reforça reajuste apenas em 2025

Nesta terça-feira, 23, 28 Instituições Federais de Ensino Superior estão em greve, com possibilidade de ampliação do movimento. A reivindicação da pauta unificada da educação é reajuste salarial, recomposição orçamentária, reestruturação da carreira e revogação de medidas que atacam o funcionalismo e os serviços públicos.

Os docentes da Universidade Federal de Catalão, UFCat, em mobilização, realizaram Assembleia Docente no último dia 10 de abril deliberando por estado de greve. Em nova assembleia, que ocorreu no último dia 18, aprovou a greve, que começou nessa segunda-feira, 22.

Um Comando Local de Greve (CLG) foi instalado em assembleia no mesmo dia.

O Comando de Greve se reuniu com a reitoria da universidade na manhã desta terça-feira, 23, debatendo o movimento na universidade e algumas questões como bolsas, calendário e outros. A greve segue forte e uma assembleia no dia 24, quarta-feira, discutirá a nova proposta apresentada pelo governo na mesa de negociação do dia 19 de abril, que mantém a proposta de reajuste salarial de 0% para 2024, 9% para janeiro de 2025 e 3,5 para 2026 e que pouco avançou nas demais pautas.

A votação sobre a deflagração ou não de greve da categoria docente estará disponível no sistema eletrônico do Adufg-Sindicato a partir desta terça-feira (23), às 22 horas. O plebiscito será encerrado na sexta-feira (26), ao meio-dia. As senhas são enviadas automaticamente para os e-mails dos professores. Caso não recebam as informações, os docentes devem entrar em contato também pelo (62) 3202-1280.

Docentes que não são filiados ao Adufg-Sindicato também poderão votar no plebiscito. No entanto, antes de acessarem o sistema de votação, será necessário o preenchimento do formulário disponível no link https://forms.gle/SVjmHkSJanNSxtkt8. Só serão cadastrados no sistema de votação quem realizar a solicitação até esta quarta-feira (24), às 13 horas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva legitimou as reinvindicações, entre elas, o reajuste salarial, dos servidores federais, inclusive, ressaltou a não punição aos profissionais.

Durante café da manhã com jornalistas, nesta última terça-feira (23), Lula garantiu que atenderá as exigências, mas não em sua totalidade, já que, por conta da falta de espaço fiscal, não será possível realizar o reajuste em 2024.

“Nós vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. É um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles pedem quanto eles querem; a gente dá quanto a gente pode”, ressaltou.