6 regiões de Goiás têm hoje maior número de casos que na 1ª onda de covid-19

Ao todo, 21 cidades compõem essas zonas. De acordo com superintendente de vigilância em Saúde, municípios pequenos chamam atenção.

Seis das 18 regiões de atenção em Saúde de Goiás apresentam contaminação por covid-19 maior à registrada na chamada primeira onda da doença. São elas: Estrada de Ferro, Rio Vermelho, Vale do São Patrício I, Norte, Oeste I e Nordeste II (mapa). Os dados foram apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante videoconferência com prefeitos realizada na manhã desta quarta-feira (17).

De acordo com o mapa de calor apresentado, nenhum município goiano está fora do estado considerado de alerta. O mapa será atualizado toda sexta-feira.

Flúvia Amorim citou pelo menos 21 municípios em que os registros de casos superam a primeira onda. São eles: Caldas Novas, Catalão, Pires do Rio, Cumari, Ipameri, Itapuranga, Rubiataba, Ceres, Itapaci, Ceres, Nova América, Jussara, Britânia, Goiás, Aruanã, Carmo do Rio Verde, Campos Verdes, Porangatu, Minaçu, São Miguel do Araguaia, Formoso, Estrela do Norte, Iporá, Aragarças, Montes Claros, Bom Jardim e Baliza. Além de citar o município de Posse.

A superintendente sublinhou que há também aumento de internações e óbitos nos locais citados. Além disso, Flúvia pontuou que municípios pequenos chamam atenção por terem maior número de casos nesta segunda onda. “Esses são os municípios que estão verificando agora. Mas semana que vem pode ter outros municípios com maior aceleração”, disse.

Para categorização de cada região, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde observaram o número de casos de covid-19, o número de pedidos de leitos, além da taxa de ocupação de leitos de Goiás e o número de óbitos. A partir desses indicadores a Secretaria criou um mapa de calor com indicação da faixa de contaminação de cada região para que as diferentes medidas sejam adotadas.

Portaria

As medidas a serem adotadas devem seguir a nota técnica, publicada na terça-feira (16), que estabeleceu 18 regiões de saúde e três estágios: alerta (amarelo), crítica (laranja) e calamidade (vermelho). Cada cor representa um modelo de ações a serem adotadas de acordo com o estado da pandemia, com medidas que vão da restrição de números de clientes em bares e restaurantes até permissão para abertura de apenas atividades consideradas essenciais.

O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, apontou, durante a videoconferência, que não fosse a abertura de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na última segunda-feira (15) a ocupação chegaria a 100% em Goiás. Neste sentido, salientou que não adianta apenas abrir novos leitos. Mas frear a contaminação, que segundo ele, está galopante no estado.

“Olhem para o cenário que está descrito e tomem medidas com segurança. Com a portaria, o Ministério Público está balizado para cobrar dos gestores. A taxa de ocupação está altíssima. Nossa capacidade atual é 3x maior do que no início da pandemia. Não existe e não existirá leitos suficientes no Brasil se todos se contaminarem. Temos cepas novas em circulação que são mais transmissíveis”, salientou.

Punição

O procurador-geral de Justiça Aylton Flávio Vechi, apontou que durante toda a condução da pandemia no estado não houve problemas de logística, mas de pessoas que “não pensam na coletividade”. Ele defendeu que a coordenação tem que ser dada pelo estado e que a portaria publicada pela SES dá essa base para que o Ministério Público faça a vigilância e a punição de quem não seguir os protocolos necessários para combate à pandemia.

“Temos que ter ação coordenada. Temos que abrir mão de pensarmos individualmente. Vemos, através de vídeos, posturas descabidas nos municípios. O cidadão deve sentir que está seguro. Não há espaço para negação. O Ministério Público vai entrar e atuar, através de lei de improbidade, de multas administrativas. Temos que ter responsabilidade social”, disse.

Com informações Mais Goiás

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